Por enquanto, não tem proposta. O Napoli veio, mas não se sabe se voltará. O Leicester é boato. Analistas da Premier League o acompanham no Grêmio há tempo, mas documento com papel timbrado, nada. O destino de Everton, pelo que apurei, será decidido entre o crepúsculo de julho e a alvorada de agosto.
Será quando as principais ligas da Europa tiverem definido seus representantes nas competições continentais da próxima temporada, especialmente a Liga dos Campeões. Quem arrumar vaga no maior torneio do planeta virá com mais sede na janela de transferências, apesar da retração provocada pela pandemia. O tempo perfeito do grande negócio passou.
Foi na janela passada, no embalo da Copa América, com Cebolinha campeão e aclamado pelo país. O Milan veio, mas não houve acordo com o Grêmio. Nova protelação para início de temporada na Europa pegará Everton além dos 25 anos. Aquela venda recorde é promessa que não existe mais. O mundo em que ela foi feita acabou.
Quantias astronômicas, se vierem, repousarão em adolescentes imberbes, para ganhos futuros. Claro que ficar na Arena fazendo gols e ganhando salário top está longe de ser ruim para os dois lados. Romildo Bolzan recolocou o Grêmio na rota das taças levando a sustentabilidade financeira a sério.
De sua parte, Everton tem de saber que aquele contrato capaz de garantir muitas gerações da família não virá agora, com o coronavírus, mas sua resiliência e talento podem buscá-lo ali na frente. E, para isso, já estar na Europa será essencial. Grêmio e Everton terão de estar alinhados entre o fim de julho e o começo de agosto.