O planejamento do Grêmio é arrecadar R$ 70 milhões com venda de jogadores em 2020. Em um ano afetado pela pandemia de coronavírus, este é o valor considerado necessário para equilibrar as contas. Favorito para ser negociado, o atacante Everton precisaria receber uma proposta bem atrativa para que o clube não precise vender outro jogador. Senão, mais atletas podem deixar a Arena.
— Nós temos, em termos orçamentários, de receber R$ 70 milhões em vendas de atletas. Estamos trabalhando com este cenário, independentemente de quem seja vendido. Precisamos deste montante — explica o CEO do clube, Carlos Amodeo.
Como detém 50% dos direitos econômicos de Everton, o Tricolor teria de negociar o atacante por 25 milhões de euros (R$ 140,5 milhões) para receber a quantia pretendida. Outra possibilidade cogitada é fazer um acordo com os investidores para o clube receber um percentual maior.
Caso o futebol europeu, também afetado pela pandemia, apresente apenas propostas mais tímidas, o Grêmio precisará negociar pelo menos mais um atleta. Outro jogador que já recebeu sondagens foi o atacante Pepê. No entanto, a prioridade gremista é não se desfazer de dois jogadores da mesma posição. O volante Matheus Henrique, por exemplo, já foi especulado na Inglaterra e na Itália.
Nos bastidores da Arena, o entendimento é de que Everton, já com 24 anos e uma boa experiência na Seleção Brasileira, é quem está no estágio mais propício para jogar na Europa, além ser o jogador com mais potencial de arrecadação financeira. Pepê, 23 anos, é considerado o seu substituto natural. Por isso, a ideia é que pelo menos um dos dois permaneça.
Desta forma, arrecadar R$ 70 milhões é a grande prioridade. Se for apenas com Everton, melhor. Se precisar vender mais de um, que sejam atletas de posições diferentes. A perda do Cebolinha e de Pepê, ao mesmo tempo, só ocorreria como último recurso para aliviar os cofres.