Além dos jogadores, que entraram na campanha de associação lançada pelo Inter, um gesto inesperado pegou os dirigentes de surpresa. O técnico Eduardo Coudet pediu para o clube preparar a sua carteirinha. Quer ajudar. Claro que não se trata do valor, e sim do gesto.
Ele é estrangeiro. Sua intenção é de dar o exemplo. Quantos torcedores podem se sensibilizar com a atitude do treinador?
Se alguns milhares forem no embalo, terá valido a pena na prática, em termos financeiros, para o clube. A única receita fixa com a qual o presidente Marcelo Medeiros conta é a do quadro social. Se até esta sofrer abalo, a situação ficará ainda pior
É a ideia do engajamento e da solidariedade, já expressas na aceitação dos 25% a menos nos salários e na compreensão das duas semanas de atraso nos pagamentos de maio, já colocadas em dia pelo clube graças ao dinheiro da linha de crédito aberta pela CBF aos times da Série A.
Os jogadores também vieram junto na campanha de associação do clube, com vários entrando em contato para entrar na base contribuinte, inclusive solicitando para familiares. A atitude de Coudet vai na linha de estabelecer uma conexão com a comunidade na qual está inserido.
Ele sabe que sua missão no Inter: mudar o conceito de futebol — e o momento, se já era difícil financeiramente para o Inter antes da pandemia, imagine depois dela.