
Os integrantes do Sala de Redação entrevistaram Eduardo Coudet no Beira-Rio, antes do treino. Esse contato próximo é essencial para o jornalista conhecer o técnico do Inter, ainda mais um profissional estrangeiro, com soluções diferentes das que vinham sendo aplicadas.
Apaixonado por questões táticas, Coudet me pareceu desarmado, sem manias de perseguição. O boa praça clássico, com tiradas de humor. Eis alguns exemplos:
— Se eu pudesse, conversaria mais vezes sobre futebol com vocês, mas numa mesa de chope.
— Oscar? Iria buscá-lo a nado na China.
Perguntei sobre o cachecol, uma marca sua na Argentina:
— Calma: está calor ainda...
Tentarei resumir em uma frase a impressão geral da entrevista, que será reproduzida em todas as plataformas do Grupo RBS. Anote aí:
Coudet está vendo exatamente o que a gente vê (inclusive na questão Lindoso e Musto), mas não pode colocar o pé na porta e mudar tudo de uma tacada só sem as peças ideais em um clube sem dinheiro para contratá-las.
Como estrangeiro, soaria arrogante. Sugeriu mais de 20 nomes para reforçar o time dentro do seu modelo, mas o mercado impediu: Taison (Shakthar), Cervi (Benfica), Aránguiz (Leverkusen), Pol Fernández (Boca), Nacho Fernández (River). O lateral-direito Saravia (Porto) estava nessa lista. A chance se abriu agora, talvez acelerada pela má resposta de Rodinei.
— Mas se não for possível trazer mais reforços, tudo bem: faremos um bom time mesmo assim — garante Coudet.
Penso que o técnico colorado mexerá aos poucos, como indica outra frase dele, quando eu quis saber se a seletiva de Libertadores encerrava um estágio seu no clube.
— Agora podemos ser mais soltos.