
Foi a melhor atuação do Grêmio na mão de Mano Menezes. Tomou um gol no finzinho, logo após abrir o placar a 41 minutos do segundo tempo, mas no lance seguinte o Bragantino empatou com Izidro Pitta. Serrote largou o paraguaio sozinho na área, na ânsia por ajudar o miolo da área. Uma única desatenção em um jogo no qual o Grêmio se protegeu bem, tanto que Volpi faz uma única defesa difícil, em vez de uma por minuto, como antes.
Foi um balde de água fria pelo roteiro e o gol sofrido no finzinho, mas se jogar sempre assim, o Grêmio terá o seu campeonato de segurança, sem rebaixamento. A surpresa foi Nathan Pescador, e não Cristaldo ou Monsalve. Nathan foi o de sempre: apático, sem ajudar a marcar e errando passes. Com ele, na etapa inicial, o Grêmio se defendeu muito bem. Não deu espaço para o organizado Bragantino, que tinha posse mas não finalizava.
Verdade que, para se defender tão bem, o Grêmio não atacou. Não arriscou nada. Manteve linhas baixas demais. Ficou restrito a Kike indo para cima a drible, tendo de percorrer 50 metros até a área paulista. Pouco, mas é o estágio pós-Quinteros. Os times vão para o intervalo sem chutes no alvo. A 14 do segundo tempo, Mano troca Nathan por Monsalve, e o jogo muda da água para o vinho.
Cinco chances claras de gol
O Grêmio melhora a retenção da bola. O colombiano acha o espaço atrás dos volantes e serve os atacantes. O goleiro Cleiton começa a brilhar. De zero na etapa inicial, o Grêmio vai a cinco chances claras. Termina o jogo com Amuzu, autor de lindo gol, Kike na direita, Braithwaite por dentro e Arezo de centroavante. Fez o gol assim desenhado: bastante ofensivo.
O empate paulista veio numa sucessão de erros individuais. Monsalve deixa Ramires se desgarrar dele e entrar na linha de defesa tricolor. Serrote larga a marcação de Pitta, que entrara na ponta-esquerda, para ajudar Jemerson. Este, assustado com o novo homem que apareceu do nada, ficou sem ação. A bola sobra para Pitta empatar.