Todos recebem chance, menos ele. Wellington Silva, Neilton, William Pottker. Tréllez andou tendo vez. Pedro Lucas, também. Até Guilherme Parede recebe chances. Guilherme Parede, inclusive, é um dos jogadores que mais recebeu oportunidades na história recente do Inter.
Além de não serem efetivos como atacantes, o campo mostra que a contribuição defensiva termina por ser uma falácia, uma vez que não entram na área e não conseguem reter a bola, falando fundamentalmente de Neilton e Parede. Funcionam como acionadores de contra-ataques para o adversário.
Entram todos, menos Sarrafiore. Nas poucas vezes que ele entrou, fez gol. Claro que também erra, mas nada parecido à quantidade de erros de seus concorrentes no elenco colorado.
É incompreensível. Ele foi contratado como joia da coroa, após longa observação do departamento de captação de talentos, movimentando grande esforço da instituição.
O Inter bancou briga na Fifa por Sarrafiore. Correu risco de pagar multa e ser punido. Mobilizou advogados. Aí, quando a promessa fica apta a jogar, nenhum treinador dá a ele sequência, optando por opções nada além de medianas, para dizer o mínimo.
São opções que, claramente, jamais serão o futuro do Inter, enquanto o jovem argentino pode ser. Ou não: como saber, se ele não joga e, quando joga, tem de ser brilhante para não sair do time?
O experiente Rodrigo Caetano afirmou que o seu aproveitamento, em minutagem e gols, é alto. Zé Ricardo disse que pensou em colocá-lo em campo no lugar de D'Alessandro contra o Atlhetico-PR, mas o camisa 10 resistiu até o fim. Depois, diante do Ceará, repetiu a mesma história. Neste domingo (10), contra o Fluminense, D'Ale saiu para a entrada de... Guilherme Parede.
Por isso, diante do esforço institucional que o Inter fez para tomar Sarrafiore do Huracán, quase criando um crise diplomática com os hermanos, penso que seria o caso de um pronunciamento oficial sobre o seu constrangedor não aproveitamento. Enfim. Vai ver há alguma questão que não se sabe, capaz de explicar tudo.