Está na cara que o Inter entrou e ainda não saiu da terapia por ter perdido a final da Copa do Brasil. Primeiro, pariu uma bigorna para vencer a Chape em casa. Depois, os eventos contra o Flamengo. Havia motivo para reclamação, concordo, sobretudo no pênalti de Rodrigo Caio sobre o centroavante Paolo Guerrero.
Mas nada, por pior que seja, que justificasse o fato de o peruano mandar a arbitragem para aquele lugar, no verbo e no gesto ostensivo, pedindo para ser expulso e deixando o time com nove em campo.
O desentendimento de Emerson Santos e Guerrero no treino é só o novo capítulo de um grupo estressado.
Os nervos estão à flor da pele. Emerson já sabe que terá de voltar ao Palmeiras. O Inter não pagará R$ 10 milhões por ele, ainda mais com Bruno Fuchs surgindo.
Insisto: o Inter tem de virar a página. O G-4, com vaga direta na Libertadores e ingresso nas oitavas da Copa do Brasil, é fundamental para seguir competindo como protagonista. E o Inter de Odair Hellmann tem condições de finalizar o Brasileirão neste pelotão de elite. Desde que ponha a cabeça no lugar. Perder uma final de campeonato não é o fim do mundo.