O Inter ficou no empate com o Palmeiras em 1 a 1 neste domingo (29), no Beira-Rio, pela 22ª rodada do Brasileirão. A equipe colorada saiu na frente no primeiro tempo, com gol de Patrick, mas sofreu o empate na etapa final, com Willian marcando para os paulistas.
Após a partida, o técnico Odair Hellmann analisou o empate e falou sobre as vaias que recebeu da torcida.
— A gente não trabalha para isso, não vem aqui nos jogos nem vai todos os dias treinar para ser vaiado. Eu respeito o torcedor, sua manifestação. Não respeito briga, agressão, entrar dentro de CT, em aeroporto. Aí já passa do ponto. Dentro da possibilidade, o torcedor quer que seu time vença. Acho que as vaias são muito mais pela perda da Copa do Brasil do que propriamente o jogo de hoje (domingo) — comentou.
Sobre o empate, Odair acredita que seu time fez uma boa primeira etapa e poderia, inclusive, ter ido para o vestiário com o resultado resolvido.
— Se a gente for analisar de forma bem linear, fizemos um bom primeiro tempo, podíamos ter matado o jogo com as oportunidades que criamos. E estávamos jogando contra o Palmeiras, que muitos consideram um dos melhores grupos do Brasil. Quando você faz um primeiro tempo que a gente fez, com imposição física, técnica e tática, e não faz um placar maior, certamente no segundo tempo o time adversário vai buscar alternativas para entrar no jogo.
Para Odair, a derrota por 3 a 1 para o Flamengo no meio de semana pesou no aspecto físico dos seus jogadores, já que, no Maracanã, o time colorado jogou boa parte da partida com apenas nove jogadores.
— Sentimos muito o jogo do Rio de Janeiro (contra o Flamengo). Heitor e Fuchs sentiram o ritmo no final, vai somando Edenilson e Patrick que ficaram 90 minutos oito contra 10 no Maracanã. Isso tudo é uma somatória com a qualidade que o Palmeiras impôs no segundo tempo — declarou.
A questão das vaias por parte da torcida seguiu em pauta na coletiva do treinador colorado. No entanto, Odair negou que isso o incomode, e reiterou a confiança nas suas ideias e no trabalho que vem sendo feito.
— Preciso estar concentrado para pensar o jogo e respeitar (as vaias). Saber e ter convicção do que estou fazendo, do dia a dia, do convívio com os jogadores, das escolhas que estou fazendo. Não faço as coisas por acaso, eu trabalho, treino, e em algum momento do jogo, se a torcida achar que tem que vaiar, que faça sua manifestação. Vou continuar com minhas convicções, com meu esforço, acreditando nesse grande segundo turno — afirmou Odair, admitindo que as vaias afetam o ambiente da partida.