É curioso o tom das cobranças dos colorados sobre o Inter de Odair Hellmann. Criticar pontualmente é uma coisa. Outra, bem diferente, é birra. Após a perda da Copa do Brasil, nada do que o técnico faz serve. Concordo que tirar Nonato em nome de Wellington Silva enfraqueceu o meio-campo neste domingo (29), no Beira-Rio.
Deu fermento para o Palmeiras crescer na segunda etapa, empatar em 1 a 1 e quase virar. Se já havia cansaço por jogar com nove contra o Flamengo na quarta-feira, menos motivo ainda para tirar Nonato e manter Patrick e Edenilson cansados até o fim. Sem D’Alessandro, tem mais essa, o jovem Nonato valoriza a posse de bola.
Mas repare só. Não faz muito, Odair foi torpedeado por escalar quatro volantes contra o Palmeiras, na Copa do Brasil. No empate contra o vice-líder Palmeiras, esse mesmo torcedor o vaiou quando ele desfez o quarteto. Onde está a coerência?
Insisto: Odair erra e acerta, mas é um bom e promissor técnico, capaz de tirar mais rendimento do que as qualidades individuais de seus jogadores sugerem em um período histórico sem liquidez do clube. Se, de novo, ele alcançar vaga na Libertadores, será resultado acima das expectativas. O título da Copa do Brasil, que não veio e ainda dói por ter chegado tão perto, era bônus.
Se o Inter tivesse caído da Libertadores para o Flamengo, como foi, e da Copa do Brasil para o Palmeiras, sobrariam aplausos do torcedor, reconhecendo que o time bateu no teto de suas possibilidades.
Sejamos racionais. O Inter não é o Manchester City, mas a torcida cobra como se fosse.