Se o Cruzeiro repetir a atuação do 1 a 0 sobre o limitado Vasco, que até pênalti desperdiçou, não vira o confronto semifinal de Copa do Brasil no Beira-Rio, nesta quarta-feira (4), a partir das 21h30min. O Inter já jogou mais. Concordo. Tem apresentado vulnerabilidades defensivas preocupantes, como se viu nos sete gols sofridos nos últimos quatro jogos.
Só que o Cruzeiro de Rogério Ceni pouco mudou. Tenta ser mais ofensivo e movediço do que o de Mano Menezes, tanto na ideia de futebol quanto na escalação (o volante só marcador Ariel Cabral saiu em nome de um meia ou atacante, recuando Robinho ao lado de Henrique), mas o rendimento segue pífio. Ou nada tão diferente de antes. E nem poderia, vamos combinar. Não há como mudar um estilo tão rapidamente. Mano e Ceni têm ideias opostas de como buscar as vitórias.
Com inteligência, o Inter faz um jogo de contra-ataque no Beira-Rio, explorando a velocidade de um Nico López recuperado, após romper o jejum de gols e marcar contra o Botafogo. Ele foi o melhor em campo, aliás, com gol e assistência para Edenilson. Saiu de campo aplaudido pela torcida, quase ao final da vitória por 3 a 2. Sua atuação recolocou o Inter no G-6 do Brasileirão.
Mas tem de ser um jogo de contra-ataque com equilíbrio, sem enterrar o time todo lá atrás. A saída rápida tem de existir sempre. Precisa estar preparada e atenta. Futebol sem velocidade não existe mais. Se é que algum dia existiu. Quem tem de se expor é o Cruzeiro, pela desvantagem da derrota por 1 a 0 no Mineirão, gol de Edenilson. Por isso, é jogo para recuperar Nico López, ainda mais com o desfalque de última hora de Wellington Silva, a outra alternativa de drible e rapidez.
Jogo para Nico López e mais 1o no Beira-Rio.