Neymar que abra o olho. Os sérvios vão cometer faltas no jogo desta quarta-feira (27), aqui em Moscou, no Estádio Spartak, valendo vaga nas oitavas de final da Copa da Rússia. Tentarão tirá-lo do prumo. A todo instante, dirão que ele está se atirando, chamando-o de "piscineiro", não importante se de fato simulou ou não.
Eles serão advertidos com cartão amarelo, mas não estão nem aí. Foram quatro só na derrota de virada para a Suíça por 2 a 1. Outros dois diante da Costa Rica.
É um time alto (média de altura de 1m88cm) que reclama, provoca, pressiona a arbitragem, chega junto. Não tem na posse de bola uma de suas armas, tanto que até a Costa Rica trocou mais passes quando as duas seleções se enfrentaram.
A Sérvia aposta mais no contato físico, na força. Kolarov, experiente lateral-esquerdo da Roma, 32 anos, comanda a catimba dos bálcãs. Eles são franco atiradores. A responsabilidade da classificação é toda do Brasil.
A choradeira após a derrota para a Suíça é indício do espírito sérvio na Copa. Os cartolas acusaram a Fifa de armação ao escolher um árbitro alemão para a partida. A tese é de que boa parte da Suíça fala alemão.
O que é ridículo: na terra do chocolate, fala-se também francês e italiano. As acusações avançaram para uma paranóia assustadora. Até o massacre étnico da Guerra dos Balcãs, há quase duas décadas, entrou na história.
Pior: os dirigentes criticaram a condenação, pelo Tribunal Internacional de Haia, dos líderes sérvios acusados de um dos maiores genocídios pós-segunda guerra, ao tentarem fundar uma Grande Sérvia anexando territórios e povos distintos, após a dissolução da Iugoslávia. Todo erro do apito, conforme a tese, é indício de perseguição política.
Enfim: os pendurados Neymar, Philippe Coutinho e Casemiro que se cuidem. Eles serão provocados o tempo todo pelos sérvios. Terão de respirar fundo: o segundo cartão amarelo os tira das oitavas de final, se a Seleção passar. Os cartões zeram apenas após as quartas.