Na coluna desta terça-feira, abordei muito o Lanús. O Grêmio tem um adversário guerreiro e valente pela frente, ainda que inferior tecnicamente. De todas as cinco finais gremistas, esta é de mais vantagem para o lado tricolor.
O fato é que o Lanús tem a saída de jogo pela esquerda, com o zagueiro Braghieri. O goleiro Andrada, como líbero, acionado a todo instante. Marconi, o volante que recua para sair jogando e toca muitas vezes na bola. O centroavante Sand, que faz pivô para os meias Martínez e Pasquini. Acosta e Silva, os extremas perigosos.
E o Grêmio, por onde o Grêmio pode abrir vantagem na noite desta quarta-feira, algo essencial para não sofrer em La Fortaleza? Drone? Mantenha-se firma na coluna. É que não dá para falar de drone antes de uma final de Libertadores bem debaixo do seu nariz, vamos combinar.
Porto Alegre é a capital do futebol continental nesta quarta-feira. Trata-se de elencar prioridades jornalísticas. Passemos aos caminhos do tri da Libertadores, na prática. Ou alguns caminhos, para não ser tão definitivo e cultivar certo comedimento recomendável.
A marcação alta será fundamental para desestabilizar o Lanús, acostumado a grandes jogos apenas contra rivais argentinos. Se o adversário sai tocando, então é preciso travá-lo no nascedouro. Outra: Luan, flutuando por atrás dos volantes, será decisivo.
Como o Lanús ataca no 4-3-3, se houver rapidez na transição, a partir da perda da posse, pode sobrar espaço para Luan. Marcone, taticamente crucial no Lanús, se encontrará muito com ele no campo. Se Luan tirar Marcone do jogo, o Lanús perderá o norte defensivo. Jailson (ou Michel) e Arthur têm de vigiar os meias Martínez e Pasquini.
Outra questão para o Grêmio é trabalhar para ter situações de mano a mano no ataque. A zaga do Lanús é lenta. É preciso tentar o drible. Se Luan cair pelo lado direito quando o lateral Velázquez subir, pode pegar Braghieri sozinho. Nem sempre a cobertura argentina vem rapidamente. Fernandinho terá de ser o que não vem sendo. Ou ele ou Everton, indo para cima.