Não é uma grande vantagem, mas será que havia mesmo como sair da Arena já campeão, em final de Libertadores, com toda a óbvia pressão? Não creio. É decisão, tensa. Não foi uma grande atuação do Grêmio.
A vitória não veio na troca de passes, mas na insistência da bola aérea: 1 a 0, com a estrela de Renato brilhando de novo. Ele colocou Cícero e Jael, tirando Jailson e Barrios. Jael raspou de cabeça. Cícero completou faltando menos de 10 minutos para o final. A Arena rugiu.
O primeiro tempo foi confortavelmente do Lanús, que impôs o seu estilo de troca de passes curtos e vantagem numérica nos espaços do campo com alguma facilidade. A bola ficou no pé dos argentinos por isso: vantagem numérica.
O Grêmio não encontrou soluções para este jeito de jogar manjado e conhecido. Não teve improviso, arrojo, alguém para assumir o risco do drible.
O Lanús nem queria atacar muito, mas encontrou tantos espaços que quase abriu o placar. Marcelo Grohe operou milagre no cabeceio de Velazquez, na única chance clara. Os erros de passe até de Luan aconteceram muito pela ansiedade de ver o seu estilo oprimido pelo do Lanús.
Com receio das costas (Acosta e Siva), Edilson e Cortez não passaram. O Grêmio chegava com poucos. Com Fernandinho mal, só Luan tentava o drible, e por dentro. Restou a bola aérea, mas não foi assim que o time de Renato encantou o país.
Na segunda etapa, a postura do Grêmio melhorou um pouco, especialmente com os laterais. Renato os soltou, e assim o Grêmio agrediu mais. Marcelo Grohe poderia ter dormido. Talvez sentindo o tempo sem jogar, o Lanús cedeu espaço.
A vantagem mínima foi justa pela iniciativa, que foi sempre do Grêmio. Mas não será nada fácil na Argentina, ainda mais sem Kannemann. Decisão ainda aberta. Mas vantagem, em final, sempre deve ser comemorada. Mesmo que mínima.