Com o acesso virtualmente garantido, os nove jogos até o fim do ano terão outro sentido para o Inter. Guto Ferreira foi contratado para tirar o time do buraco. Agora que a folga no G-4 é de 10 pontos fica fácil falar, mas não era assim quando o sal grosso e o vidraceiro imperavam.
O Inter vinha de derrota no Gauchão e de um começo ruim na Série B. Guto estabilizou a defesa e definiu o 4-1-4-1 como desenho tático. Tomou decisões por convicção, sem dar bola para a patrulha. Foi corajoso: deixou Nico López na reserva e até agora não reuniu Camilo e D'Alessandro, a não ser em situações excepcionais, como nesta terça-feira (17). O resultado é incontestável.
A volta à elite deixou de ser um drama para se tornar mera contagem regressiva, tal a confiança exalada pelo grupo neste ano de desterro e de limitações técnicas. Mas e agora, vencida a parte fundamental, qual é a meta? É ser campeão jogando muito mais do que os outros.
A cláusula de renovação contratual automática de Guto em caso de acesso será acionada, mas o grau de aceitação da torcida dependerá dessa espécie de prova dos nove. A começar pelo jogo da noite desta terça, em Varginha, com desfalques (Rodrigo Dourado, Leandro Damião e Edenilson), diante do Boa.