A música tem uma dívida histórica com figuras como Elvis Presley, Little Richard, Chuck Berry e Jerry Lee Lewis. Eles aprimoraram o som que viria a se chamar rock and roll e influenciaria muita gente. O rock nasceu ainda na década de 1950 e teve uma aceitação imediata. Era um tipo de música com o qual o público não estava acostumado. Mais potente nos acordes, som de voz mais rasgado e sonoridades misturadas. Pela primeira vez, blues, funk, pop, folk e outros estavam juntos. O rock and roll cresceu como música e até se tornou um movimento, um tipo de cultura, um modo de comportamento. Era, também, uma forma de muitos jovens justificarem uma tendência de transgressão.
O rock é um gênero musical tão bom que muitos artistas embarcaram no trem. Na década de 1960, o Led Zeppelin moldou o rock ao seu estilo, Bob Dylan trouxe o folk e concebeu a música lendária Like a Rolling Stone, o Black Sabbath criou um subgrupo do rock, o heavy. Na mesma época, bandas americanas, como The Sonics e MC Five, nos apresentavam a um novo gênero, o punk. Mais tarde, Ramones e Sex Pistols, sem querer, tornaram o punk ainda mais popular. O Pink Floyd, no lado oposto, fazia o progressivo, caracterizado por músicas longas.
Na década seguinte, nos anos 1970, surgiram grupos musicais influenciados pelo Iron Maiden com músicas mais rápidas. Nos anos 1980, os britânicos do The Clash faziam uma mistura sonora que ia do punk ao reggae. Embora improvável, dava muito certo.
No crepúsculo dos anos 1980, outra revolução na música. No extremo norte dos Estados Unidos, em Seattle e arredores, nasceu o grunge, tendo Nirvana como o nome mais popular. Do outro lado do mundo, os britânicos não deixavam barato, com bandas como o Queen, de Freddie Mercury. Tudo era fruto do rock and roll. De 1990 para cá, o rock foi se renovando com outros artistas, mantendo a presença do gênero musical. Que o diga a banda Rolling Stones, na ativa desde 1962. Com frequência, ouve-se que o rock precisa ser salvo. O rock não precisa ser salvo, é perene. Existe até uma data, 13 de julho, para celebrar o Dia Mundial do Rock, comemorado apenas no Brasil e que lembra o Live Aid, de 1985, quando bandas se reuniram na Inglaterra e nos Estados Unidos para chamar atenção para a fome na África. A data é importante, embora, para mim, todo dia é dia de ouvir rock.