Conheci a história das irmãs March com o título que o filme de 1949 recebeu no Brasil: Quatro Destinos. Lançada, por acaso, no mesmo ano da publicação de O Segundo Sexo, livro sagrado do feminismo, a terceira adaptação para o cinema do romance de Louisa May Alcott (as duas primeiras são de 1918 e 1933) não acrescentou qualquer dose de rebeldia às Sessões da Tarde da minha infância. Pelo contrário. Apesar do espírito livre da protagonista, que resiste à ideia do casamento e sonha em tornar-se escritora, o romance costumava ser lido pelo público e pelos cineastas como uma celebração dos valores da família e da virtude e não como um manifesto pela independência feminina – o que explica o sucesso imediato nas livrarias e as inúmeras adaptações para o teatro, o cinema e a televisão nos últimos 150 anos.
CINEMA
Quatro destinos e um passado
Personagem de "Adoráveis Mulheres" aprende a não subestimar os próprios méritos e batalha para ganhar o que merece pelo seu trabalho
Claudia Laitano
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