Claudia Laitano
Na década de 1860, já perto do final da carreira, José de Alencar era um escritor frustrado. Tinha dedicado boa parte da vida a escrever livros em que o Brasil deveria se reconhecer como nação, mas os resultados haviam sido decepcionantes. (Considerado um best-seller para a época, o romance O Guarani não vendeu mais do que 6 mil livros ao longo de 16 anos.) Um colega mais novo, Machado de Assis, atribuía esse descaso com relação à literatura a uma espécie de "conspiração da indiferença".
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