No jogo do Grêmio contra o Caxias, eu o colega Leonardo Oliveira, que também estava comentando a partida, começamos a fotografar o campo para analisar o esquema tático do Grêmio. Isso mesmo, fotografar, no sentido literal. Eu mandava as imagens para o Leo, que está em Barcelona, e analisávamos o esquema.
Nas fotografias, percebemos que o Grêmio, nos primeiros 20 minutos, saía com o goleiro jogando, participando do jogo. O Pepê estava saindo de uma posição de segundo homem e entrando para a saída de bola, para ter a bola qualificada.
O Grêmio tem alguns trabalhos coletivos que deixaram a gente bem impressionado com aquele primeiro movimento. A partir do momento em que o Grêmio começa a diminuir um pouco a intensidade, obviamente, perde espaço, começa a perder as divididas e termina mal o primeiro tempo.
Agora, analisando o segundo tempo, é realmente de assustar, como disse o Guerrinha. O Grêmio terá muitos problemas, muitos problemas mesmo, se insistir no 4-2-3-1, sobretudo se ficar com dois extremos como Soteldo e Nathan Fernandes. Não tem condição de jogar dessa maneira.
Gol imperdível
Outro momento ruim do jogo foi o gol perdido pelo JP Galvão, ainda no primeiro tempo. O Grêmio estava muito bem no partida ali. O Soteldo vai no fundo, cruza e o JP Galvão erra um gol imperdível de cabeça. A sensação que tive é que, naquele momento, ele botou a cabeça dentro de um buraco no estádio.
O jogo simplesmente termina para ele ali. Parece algo psicológico. Ele tem o departamento de psiquiatria disponível e precisa ir mesmo. É uma questão de suma importância.
Colaborou: Leonardo Bender