Os erros sérios de arbitragem na partida de quarta (25) no Maracanã não prejudicam apenas o Inter, é um atentado ao belo futebol do Flamengo. Insinua indevidamente que o jogo foi comprado, inventa privilégios, coloca gaúchos contra o eixo, macula a campanha arrasadora do rubro-negro de oito vitórias consecutivas, cria teorias de conspiração como o do Brasileirão de 2005.
A verdade é que o Flamengo não depende de falhas do juiz para ganhar, elas só desmerecem o ápice da carreira de Arrascaeta e de Gabigol, as assistências seguras de Filipe Luís e Rafinha, o esquema ofensivo de um plantel feito para marcar sob pressão e não dar espaço.
Até Arão e Gérson são peças fundamentais, quem diria? Talvez esse time do Flamengo seja aquele que todo torcedor saberá de cor no futuro, como acontecia com a escalação dos anos 80: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico.
O que aconteceu no enfrentamento com o Inter cria dúvidas sobre um desempenho até então irretocável do líder do campeonato. Para quê? Não é justo com a seleção de Jesus.
Nem é o caso do Inter entrar com uma representação na CBF, mas do próprio Flamengo pedir um novo confronto, para apagar as suspeitas indevidas e proporcionar um duelo de igual para igual.
Houve — num único tempo — um pênalti não anotado de Rodrigo Caio em cima do Guerrero, duas expulsões injustas dos colorados Bruno e Guerrero (que saiu sangrando de campo). Em nenhum momento o juiz paulista consultou as imagens do VAR. A tecnologia deixou de existir de repente. Assim como havia antecedentes: é o mesmo árbitro que expulsou indevidamente Potker em 2018, também em rodada com o rubro-negro.
Que tal? A honra ainda deve prevalecer no futebol.