A noite de quarta-feira (25) foi difícil para o Inter no Rio de Janeiro. Com dois a menos, a equipe de Odair Hellmann perdeu para o Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas, para o técnico colorado, o resultado da partida passou pelas decisões do árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira dentro de campo.
O treinador deixou bem claro, em coletiva de imprensa após o confronto, que a expulsão de Paolo Guerrero foi decorrente de uma sucessão de erros do juiz da partida.
— Hoje, aconteceu um fato inédito né? Quem deveria estar aqui dando explicação é o Gaciba e o Luiz Flávio — disparou Odair no início da entrevista, antes de completar:
— Tivemos um pênalti à favor nosso, que ele não deu. Não chamou o VAR, não fez nada. E aí, sucessivamente, o Guerrero foi sofrendo faltas. E, no lance da expulsão (do Guerrero), e daí ele (o juiz) acaba com uma partida de futebol e ele é o responsável por isso, e é ele quem tem de responder ao torcedor.
Na sequência, ainda reclamando do posicionamento de juiz na partida, lembra que o VAR em nenhuma oportunidade foi consultado nos lances polêmicos.
— E tudo sem VAR né? O VAR hoje passeou no Maracanã.
O Inter chega a Porto Alegre nesta quinta-feira (26), às 17h. Na sexta-feira (27), a grupo se reapresenta no CT Parque Gigante para treino às 10h. Com o resultado, o Colorado se mantém em quarto lugar na tabela com 36 pontos. O próximo confronto é contra o Palmeiras, às 16h de domingo (29), no Estádio Beira-Rio.
Confira trechos da coletiva de Odair
Sobre as polêmicas no jogo
"Assim, vou falar com muita tranquilidade aquilo que foi meu sentimento do jogo e aquilo que eu ouvi e visualizei dentro da partida. Hoje, aconteceu um fato inédito né? Quem deveria estar aqui dando explicação é o Gaciba e o Luiz Flávio. Eu acho que foi pênalti no Gabigol, ele trocou o cartão (do Bruno). O jogo estava igual até aquele momento, nós com boa imposição. Pensamos em usar o Nonato, que é um jogador de característica de bom passe. Manter o Patrick, que é um jogador de força do lado do Rafinha. Manter um atacante de velocidade do lado oposto, em cima do Filipe Luís. O Guerrero por dentro, para que ele se aproximasse mais. E ter os meias dentro da nossa realidade do tripé. Aí, depois da expulsão, temos que conversar com o Luiz Flávio para perguntar para ele o que ele fez no jogo. Vou dar a minha visão, com toda a sinceridade: pênalti no Gabriel, não sei se para cartão vermelho, ele trocou. E tudo sem VAR né? O VAR hoje passeou no Maracanã. Aí muda o jogo e, mesmo assim, a gente consegue com um jogador a menos fazer um gol."
Sobre o surto do Paolo Guerrero
"Tivemos um pênalti à favor nosso, que ele não deu. Não chamou o VAR, não fez nada. Com o mesmo puxão, mesmo empurrão, mesmo deslocamento, no Guerrero. Não aconteceu. E aí, sucessivamente, o Guerrero foi sofrendo faltas. E, no lance da expulsão, e daí ele acaba com uma partida de futebol e ele é o responsável por isso, e é ele quem tem que responder o torcedor. Vão três jogadores no lance no Guerrero, o rosto do Rodrigo Caio bate no rosto do Guerrero e sofre a falta. Em um primeiro momento o Guerrero não vê o sangue, já tá irritado com as faltas, aí quando ele percebe o sangue no rosto, se assusta. E aí ele realmente se exacerba. Dois erros, porque se ele dá falta o Guerrero não se irrita."
Sobre Emerson fora do jogo
"Por isso que o Bruno (Fuchs) está aqui na oportunidade, e o Emerson não está. São dois jogadores de características de bom passe, de boa saída. Klaus é um jogador mais de imposição física e por isso essa oportunidade, e ao Fuchs também, de estarem no banco de reservas. O que não significa que o cara que está aqui hoje, vai iniciar o jogo amanhã."