Começamos 2025 com esperança de ter um ano melhor, especialmente depois de tudo que vivemos no ano que passou. Em contrapartida, precisamos fazer nossa parte. Essa convenção de fim e início de ciclos é mais do que um calendário, é a chance de zerar e começar de novo. Parece discurso de livros de autoajuda, mas falo sério.
Para além das festas comemorando o novo ano, tivemos na última semana um ato simbólico que passa despercebido por muita gente, graças ao descrédito dos políticos e de que algo possa mudar ou melhorar. As posses em 497 municípios gaúchos são mera formalidade para a maioria, mas também marcam o início de novas administrações ou a continuidade de prefeitos no cargo após receber a confiança do povo mais uma vez.
A chance de fazer algo começou em outubro, quando o eleitor foi às urnas para decidir o futuro da sua cidade. Agora, começa a etapa do acompanhamento e cobrança. Quais são as promessas que precisam ser cumpridas para termos cidades melhores daqui a quatro anos e que sementes precisam ser lançadas agora para colher frutos nas próximas décadas? As ideias muitas vezes esvaziadas nas campanhas precisam dar lugar a planos de cidades melhores.
Porto Alegre não tem mais o direito de errar na educação. Depois de uma série de escândalos e investigação de corrupção, o prefeito reeleito Sebastião Melo precisa dar uma resposta contundente, que faça com que a educação seja notícia por bons índices e por zerar finalmente a fila para as crianças que precisam de escola.
Não precisa nem ir longe para ver bons exemplos. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Cruz, em Farroupilha, é destaque anualmente pelo seu resultado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Que é difícil e demorado para ver resultados todos nos já estamos cansados de saber, mas quem está no poder precisa saber o que fazer, em conjunto com o estado, para melhorar a educação de verdade.
As prefeituras também não podem mais negligenciar seus planos de prevenção a cheias. O maestro será o governo estadual, com recursos da união, mas as cidades precisam ter seus projetos e pedir dinheiro para conseguir concretizar.
Os eleitos, se não for pedir demais, precisam encontrar soluções para os problemas das suas comunidades, de forma sustentável e criativa. Estamos cansados da falta de atitude e vontade para melhorar a vida das pessoas. Que 2025 seja um bom e gentil ano, com oportunidades aproveitadas para uma realidade melhor logo ali na frente.