A semana do esporte olímpico e paralímpico gaúcho foi marcada pela entrega do Bolsa-Atleta RS, inciativa do governo do governo do Rio Grande do Sul, através da Secretaria do Esporte e Lazer. Estive presente ao evento, que aconteceu no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE) e durante duas horas pude testemunhar a satisfação de toda a comunidade esportiva presente com a iniciativa, que deve e merece ser saudada.
E por se tratar de um projeto que abrange estudantes, atletas de rendimento que buscam projeção e também aqueles que já se destacam no cenário nacional e internacional, o Bolsa-Atleta RS ele pode ter papel fundamental no crescimento do esporte gaúcho, que há muito tempo sofre com a falta de incentivo. Mas é preciso ir além. É necessário que a iniciativa privada invista em programas de formação para que possamos ver resultados expressivos não só no chamado alto rendimento, mas na sociedade.
Em um Estado que tem uma das maiores economias do país é inacreditável que, para ser atleta, seja necessário sair cedo de casa para poder ter uma carreira. É inaceitável ter apenas duas equipes em competições nacionais, como Caxias Basquete e União Corinthians, ambos do Novo Basquete Brasil. Assim como não podemos depender apenas de projetos como o judô da Sogipa ou a natação do Grêmio Náutico União. Elas devem existir em proporções maiores e serem incentivadas por todos os recantos do Rio Grande.
Iniciativas da Agafuc, de Canoas, projeto WimBelemDon, Skate Anima, Brothers Spartans e Renascer da Esperança precisam ser incentivados por atenderem muitas pessoas e auxiliarem em áreas como educação, saúde e segurança, temas tão sensíveis em toda a sociedade.
E além do Bolsa-Atleta RS, o Segue o Jogo, que hoje abrange 142 municípios gaúchos, com um investimento de R$ 7,1 milhões para projetos sociais de periferias, em programa desenvolvido em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa).
Mesmo que seja utópico sigo acreditando que o esporte é uma ferramenta decisiva na formação do cidadão