Marco Laporta vai assumir a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB) no dia 15 de janeiro. Mas a transição com a atual gestão já está em andamento.
Vice-presidente da entidade entre 2017-2023, Laporta terá alguns desafios na caminhada até os Jogos de Los Angeles-2028. No Rio de Janeiro, durante a realização do Prêmio Brasil Olímpico, conversei com ele sobre os primeiros passos da nova gestão, que terá Yane Marques como vice-presidente e o ex-jogador de vôlei de praia Emanuel Rego, como novo diretor-geral.
O tamanho do desafio ?
Tudo que gira em torno do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é gigante. Nós temos que olhar sempre o máximo pra frente, pra cima, pra atingir os resultados. É sempre um desafio muito gigante.
Já projeta Los Angeles-2028?
Nós estamos em um momento de preocupação. Tivemos um resultado muito bom em Tóquio. Paris foi um bom resultado, mas paramos de evoluir. Nosso entendimento é que é preciso trabalhar com calma, mapear, para que a gente possa em Los Angeles retomar o caminho da evolução. Mas nesse estamos um pouco preocupados com os resultados para Los Angeles, mas vamos trabalhar bastante.
Ter sido vice-presidente do COB pode facilitar o início do trabalho ?
Facilita bastante. Tive a oportunidade de ser seis anos vice presidente do COB, chefe de missão e isso com certeza dá um upgrade, que vai facilitar bastante o trabalho, conhecimento. A Yana ter sido presidente da Comissão de Atletas, então isso dá um conhecimento bastante profundo do COB e vai facilitar o trabalho.
O foco inicial será fomentar as categorias de base, pensando na renovação ?
Sem dúvida. Essa é uma questão que nos preocupa bastante. Nós temos um desafio pela frente. A renovação ainda não veio com a força que nós precisamos. Então realmente vamos dar uma atenção especial a essa área para que a gente possa continuar crescendo.
Ainda em janeiro será necessário definir entre as candidaturas Rio-Niterói e São Paulo, qual seguirá em busca de sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031. Tem algum favoritismo ?
As duas cidades são muito fortes. Elas vão fazer a apresentação para a Assembleia (do COB) para que ela possa decidir qual a cidade será candidata. As duas são muito importantes. O Rio tem uma vantagem de já ter realizado os Jogos Pan-Americanos e Olímpicos anteriormente. Mas São Paulo tem um poderio econômico muito grande. Então está muito equilibrado. Vamos indicar até o dia 31 de janeiro.