Já estamos no ano olímpico. Daqui 204 dias, as mais de 200 delegações que se farão presentes em Paris irão desfilar pelo Rio Sena, naquela que será a primeira Cerimônia de Abertura da história dos Jogos realizada fora de um estádio. Até o momento, o Brasil já tem 147 vagas garantidas e projeta chegar em uma delegação de cerca de 330 atletas em Paris. O planejamento já está todo montado e o Comitê Olímpico do Brasil trabalha desde 2020, quando fez uma visita à sede dos Jogos, na elaboração deste processo.
Para a Olimpíada na França, serão enviados dez contêineres com todo o material que será utilizado pelo Time Brasil. As responsáveis principais por todo esse processo são Joyce Ardies, gerente de Jogos e Operações Internacionais do COB, e a Gerente de Infraestrutura Esportiva da entidade, a ex-judoca olímpica Daniela Polzin.
O prédio onde ficará hospedada a delegação brasileira na Vila Olímpica poderá ser compartilhado com outro comitê olímpico nacional. A Vila está localizada no departamento de Seine-Saint-Denis, um subúrbio de Paris, uma das áreas mais pobres da capital francesa.
Há uma preocupação
Neste local, uma das preocupações está ligada ao clima. As temperaturas devem ultrapassar facilmente os 30 graus no período dos Jogos e por decisão do Comitê Organizador local não serão instalados aparelhos de ar condicionado nos prédios. Dessa forma, quem desejar ter esse privilégio, terá de comprar ou alugar o equipamento. O COB já tomou a decisão de utilizar os aparelhos e deverá desembolsar algo em torno de R$ 270 mil.
Mas outras preocupações existem. O transporte é um delas. Ao contrário de edições olímpicas anteriores, os carros e veículos que serão disponibilizados para os comitês olímpicos não terão motoristas. Desta forma, cada país deverá contratar os profissionais para essa área, o que também acarretará um custo extra no orçamento.
Algumas modalidades não serão disputadas na capital francesa. O surfe, por exemplo, acontecerá no Taiti e o COB já tem toda o monitoramento necessário de locais que serão ofertados aos surfistas brasileiros. Uma pousada, situada a cinco minutos do local de competição, servirá de base para a equipe que competirá nas ondas de Teahupo'o. E isso é apontado como um ponto de vantagem, já que os demais países deverão ficar hospedadas em um navio cruzeiro que ficará afastado da costa.
Marselha sediará a vela e recebe visitas precursoras do COB desde 2021. A modalidade tem exigência de transporte de barcos e equipamentos necessários para a competição e, ainda, a locação de um local para servir de abrigo, uma espécie de garagem. No caso do Brasil uma pequena oficina será disponibilizada para atender às demandas dos velejadores brasileiros.
Na sede principal dos Jogos, Paris, como já vem acontecendo há algumas edições olímpicas, o COB montará uma base de apoio fora da Vila Olímpica. O contrato foi firmado com a prefeitura de St. Ouen, que fica a apenas 600 metros de distância da Vila. Nesta base, serão ofertados uma série de serviços de performance à delegação. Entre as principais facilidades estará a flexibilidade de horários para treinamentos. Além, é claro de culinária brasileira.