Porto Alegre vive dias importantes com a realização do Troféu Brasil de Ginástica Artística. Na Sogipa, até o próximo domingo, Rebeca Andrade, Arthur Zanetti, Arthur Nory, Jade Barbosa, Caio Souza e Flávia Saraiva competem ao lado de promissores ginastas do Brasil.
Estrela da modalidade, após a brilhante atuação nos Jogos de Tóquio e no Mundial realizado meses depois no Japão, a paulista de 23 anos, que compete pelo Flamengo tem sido alvo de todas as atenções a cada aparição.
Na capital gaúcha, ela compete em apenas dois dos quatro aparelhos. As paralelas assimétricas, onde conquistou a prata no Mundial do Japão em 2021 e a trave. Rebeca não disputará o salto, onde foi campeã olímpica e mundial, e nem o solo, onde levou ao mundo o Baile de Favela.
Para manter o foco, Rebeca Andrade não concede entrevistas durante a competição, apenas no final. Porém, a grande estrela da ginástica brasileira abriu uma exceção em sua agenda e conversou com Coluna. O material completo estará em Zero Hora neste final de semana e será apresentado no Gaúcha 2024, neste sábado, na Rádio Gaúcha.
Aqui, um pequeno spoiler do que disse a rainha da ginástica brasileira.
Como é para você disputar o Brasileiro Interclubes de Ginástica, depois de tantas conquistas?
Eu sou uma atleta que adora competir e o Brasileiro serve como uma preparação para as nossas próximas competições. E a primeira dessa ano e nós começamos a ter o controle do corpo, da mente e consegue ver como está o nosso nível de ginástica. A gente consegue ter contato com as atletas mais jovens, ter essa troca de experiência e ajudar de certa forma. E por ser a primeira competição do ano é importante para ter esse controle do corpo, até porque bate aquele nervosismo de querer fazer o melhor, tudo certo. Então é muito bom para aprender a ter esse controle e para as mais novas é essencial e pra mim também é muito importante.
O que o ouro e a prata conquistados nos Jogos de Tóquio e no Mundial do Japão trouxeram para a vida da Rebeca Andrade?
Hoje em dia eu estou tendo muito mais oportunidades dentro e fora da ginástica. Isso foi o que mais mudou. Eu estar na faculdade (de psicologia) que eu tanto sonhava, que é tão importante pra mim, também é muito bom porque eu saio da minha zona de conforto, que eu vivi sempre , que é fazer ginástica e fazer uma coisa nova. Pra mim está sendo bem legal o reconhecimento das pessoas ao meu trabalho e da pessoa que eu sou, isso é muito, muito bom. Eu me sinto muito orgulhosa de tudo o que eu fiz no ano passado e de tudo que eu tenho conquistado durante esse tempo que já passou (carreira) e espero que continue assim. Eu vou continuar sendo sempre a mesma pessoa que eu fui, com a minha alegria, minha simplicidade, que uma coisa que não tem como mudar porque foi minha mãe que me ensinou, faz parte dos meus valores pra vida e eu me sinto muito orgulhosa mesmo.