Em Brasília, logo após o reconhecimento oficial do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o governador Eduardo Leite disse que, a partir de agora, o Estado tem responsabilidade redobrada para manter o novo status sanitário. Segundo ele, a mudança abre portas, mas também exige empenho.
A novidade foi confirmada em assembleia geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e traz consigo a promessa de grandes negócios. Leite acompanhou o anúncio ao lado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que também comemorou o desfecho.
— Houve muito esforço de toda uma equipe técnica fortemente dedicada para fazer os investimentos que foram feitos na estrutura necessária para nossas inspetorias veterinárias. Tudo para termos a segurança necessária de, diante de qualquer intercorrência, ter pronta-ação. Não é simplesmente deixar de vacinar, é substituir a vacinação por toda uma estrutura de pronta-atenção, pronto-emprego. Isso exige coordenação de esforços, por isso que o dia de hoje reforça minha crença na colaboração — disse Leite.
Segundo informações da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, a carne gaúcha poderá, a partir de agora, chegar a mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá, alcançando até 70% dos compradores mundiais. Leite disse que o Rio Grande do Sul está pronto para isso.
— Com o certificado em mãos, estamos prontos para sair mundo afora, como já está sendo feito, intensificando os contatos com os parceiros comerciais que entram no nosso horizonte a partir desse novo status, abrindo mercados, agregando valor à nossa proteína animal e gerando mais riqueza, empregos e movimentando a economia para uma retomada mais forte nesse pós-pandemia — projetou o governador.
Além do Rio Grande do Sul, foram reconhecidos como zonas livres de aftosa sem vacinação os Estados do Paraná, Rondônia, Acre e parte do Amazonas e do Mato Grosso.