Vamos transformar o Brasil no maior produtor de alimentos do mundo com o aproveitamento das áreas, da fertilidade e do conhecimento. Esse discurso é unânime entre governos, produtores e consumidores. Sabemos da nossa capacidade e percebemos a agropecuária como o grande sustentáculo da economia do país.
No entanto, o discurso não combina com os incentivos voltados ao homem do campo, responsável pelos bons resultados. Estamos às vésperas do anúncio de um novo Plano Safra e o setor quer a sua modernização. Segundo dados de um estudo da Agricultural Policy Monitoring and Evaluation 2018 (OCDE), a agricultura brasileira é uma das que menos recebe subsídios quando comparada a outros países. São apenas US$ 7 bilhões, o que representa 4% sobre o Valor Bruto da Produção (VBP). Nos Estados Unidos, esse índice chega a 26%, na União Europeia, 24% e na China, 17%.
O incentivo é vital para levar o Brasil a um salto na produção de alimentos, pois o campo depende, entre muitas coisas, do fator tempo – chuva, vento, calor, frio e geada. Nessas condições, o seguro agrícola é uma necessidade que se apresenta ao agricultor. Defendemos um investimento mínimo de R$ 1 bilhão para ajudar a proteger as lavouras.
O incentivo é vital para levar o Brasil a um salto na produção de alimentos, pois o campo depende, entre muitas coisas, do fator tempo – chuva, vento, calor, frio e geada.
Na safra 2018/19 foi disponibilizado o montante de R$ 190,89 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 26,84 bilhões para a familiar, totalizando R$ 217,73 bilhões. Quando se compara o volume de recursos com o aportado na safra anterior, observa-se um crescimento de 1,32%.
Como resultado, em 2018, segundo o Ministério da Agricultura, as vendas internacionais somaram US$ 101,7 bilhões, o que representa 42,4% de tudo o que negociamos com outros países. O saldo da balança comercial, mais uma vez, foi positivo, graças ao campo.
Precisamos, ao menos, manter essa média de crescimento e redefinir as prioridades apresentadas pelo governo. Desde o começo do ano tivemos um longo debate com audiências públicas e reuniões em gabinetes. Tenho certeza que o caminho para o crescimento está na equação agricultura e produtor lado a lado. Que o novo Plano Safra traga boas notícias!