Com formação iniciada desde a noite de quarta-feira (14), o ciclone subtropical continua ganhando força em alto-mar, na costa do Rio de Janeiro, conforme classificação do fenômeno feita pela Marinha do Brasil. A previsão é de fortes chuvas em áreas de São Paulo e do Rio de Janeiro. O ciclone não deve ter impacto direto no RS (leia mais abaixo).
Segundo a Climatempo, este ciclone subtropical é o primeiro deste ano e foi identificado na análise meteorológica da Marinha. O sistema se encontra a cerca de 235 km afastado da costa do Estado do Rio de Janeiro e seus impactos serão sentidos principalmente em alto-mar — prevê a empresa de meteorologia.
Ainda na quarta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para grande perigo de tempestades intensas no Vale do Paraíba Paulista, no litoral norte de São Paulo, no sul fluminense e na região metropolitana do Rio de Janeiro até quinta-feira (15). No momento, consta o aviso laranja em que há perigo para chuvas intensas principalmente no sul Fluminense, Vale do Paraíba Paulista e região metropolitana do Rio de Janeiro. O alerta pode ser atualizado a qualquer instante.
Segundo a Climatempo, a expectativa é que este sistema continue ganhando força e se transforme em uma tempestade subtropical na noite desta sexta-feira.
"Se isto ocorrer, este sistema será nomeado de Akará, espécie de peixe em Tupi antigo. Apenas as tempestades subtropicais recebem um nome e somente a Marinha do Brasil 'batiza' estas baixas pressões atmosféricas especiais", disse a empresa de meteorologia.
Na quinta-feira, o Inmet já havia alertado que, em caso de persistência das condições atmosféricas e da intensificação do vento, o ciclone poderia ser classificado como uma tempestade subtropical.
A Climatempo lembra ainda que a última depressão subtropical registrada foi entre os dias 6 e 9 de janeiro de 2023. Já a última tempestade subtropical foi a Yakecan, em meados de maio de 2022.
No Rio Grande do Sul
Ainda conforme a Climatempo, o ciclone não terá impacto direto no RS. Ele chega no litoral da Região Sul no domingo (18), causando ressaca e intensificando os ventos no litoral. Ele está em alto-mar, na altura do litoral do Rio de Janeiro, e causando ventos na região Sudeste. Por causa da intensificação dos ventos e da diminuição do valor de pressão atmosférica do seu centro, ele foi caracterizado pela Marinha do Brasil como depressão subtropical.
"Vale ressaltar que as atividades em alto-mar podem ser prejudicadas em decorrência do aumento de ondas e da agitação do mar. A Marinha do Brasil já emitiu aviso de ressaca com ondas que em alto mar, podem atingir valores entre três a quatro metros de altura – alerta válido até quinta-feira (22)", diz comunicado da Climatempo.
Entenda as diferenças:
- Depressão subtropical ou ciclone subtropical: é uma área de baixa pressão atmosférica que se forma em latitudes subtropicais, que gera ventos de até 63 km/h. É caracterizada por ar quente em superfície e em médios níveis da atmosfera (de 3km a 5 km) e por ar frio em níveis superiores (acima de 5km), de acordo com a Climatempo;
- Tempestade subtropical: é um ciclone subtropical, mas com pressão atmosférica mais baixa do que uma depressão subtropical. Por isso, os ventos gerados são mais fortes e podem ficar entre 63 km/h e 118 km/h. Segundo a empresa de meteorologia, o fenômeno é caracterizado por ar quente em superfície e em médios níveis da atmosfera (de 3km/h a 5 km/h) e por ar frio em níveis superiores (acima de 5 km).