O Zoológico Municipal de Canoas, na Região Metropolitana, conta com um novo morador desde sexta-feira (11). Trata-se de um filhote de gato-maracajá, ou gato-do-mato (Leopardus wiedii), que estava sob cuidados da Universidade de Passo Fundo (UPF). O animal foi encaminhado para o MiniZoo através da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), para receber tratamento veterinário.
De acordo com a prefeitura de Canoas, o felino foi encontrado por uma família de Passo Fundo, que o confundiu COM um gato doméstico. O animal recebeu manejo e alimentação inadequados por dias, o que causou problemas intestinais.
Agora, segundo a equipe do zoológico, o felino deve passar por observação e tratamento. Em razão de uma osteodistrofia, um mau desenvolvimento dos ossos, o animal não poderá ser devolvido à natureza e viverá no zoológico.
— Por enquanto ele vai continuar na sala de filhotes, até se adaptar à questão de alimentação e temperatura. Depois que levarmos ele para algum dos nossos recintos aqui no setor extra, vamos deixá-lo em quarentena, para ver como será o comportamento e a adaptação ao ambiente. Passando por essa etapa e tendo um porte físico maior, aí sim ele será levado para o plantel, podendo ser visto pelo público — explica Isadora Favreto, veterinária do MiniZoo.
De acordo com a prefeitura, o felino, que tem entre quatro e seis meses de idade, ganhará um nome escolhido pela comunidade. Uma votação para nomear o novo morador do Zoo acontecerá depois que ele passar pelo tratamento veterinário e começar a participar das visitações do público.
O zoológico de Canoas realiza reabilitação e devolução de animais silvestres para a natureza. Em muitos dos casos, esses bichos não têm condições de retornar para seu habitat natural, tendo que permanecer no Zoo.
Sobre a espécie
O gato-maracajá é um felino encontrado em quase todo o Brasil, tendo as matas densas como seu habitat favorito. Também conhecido como gato-do-mato, ele caça à noite sem a companhia de outros animais. Quando filhote, possui semelhanças com os gatos domésticos, mas quando atinge a vida adulta passa a apresentar patas e cauda grandes. A espécie está em risco grave de extinção em razão da caça e do desmatamento.