Os 446 decretos de emergência reconhecidos pelo governo federal após desastres naturais são oriundos de fenômenos ligados às mudanças climáticas, mas também à falta de políticas públicas para mitigar as consequências. Veja alguns dos eventos:
Ciclone de 15 e 16 de junho
O evento mais letal de todos foi o ciclone extratropical de 15 e 16 junho, que causou 16 mortes em Caraá, Maquiné, São Sebastião do Caí, Gravataí, Esteio, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Bom Princípio. Em muitas cidades, choveu o volume de um mês em apenas dois dias.
Ciclone de 12 de julho
Em 12 de julho, o Rio Grande do Sul foi afetado por outro ciclone extratropical, que desta vez causou dois mortos e 23 feridos – as vítimas eram de Rio Grande e Lajeado. Indiretamente, houve outra morte, de um homem que morreu soterrado pelo muro quando tentava retirar uma árvore.
Estiagem
A estiagem no verão também afetou o Estado, sobretudo a região Noroeste. A Emater apontou quebra de 31% na soja e de 41% no milho por causa da falta de chuva.
Em Hulha Negra, onde açudes secaram e o pasto que alimenta o gado ficou mais escasso, algumas propriedades chegaram a registrar 90% de perdas, mostrou a colunista Gisele Loeblein. O cenário deixou produtores resignados, com o gado se aproximando de caminhões-pipa à espera de água.