Após a passagem de novo ciclone extratropical nesta semana, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul reconhece pelo menos duas mortes relacionadas ao evento. O caso mais recente, confirmado na tarde de sexta-feira (14), foi em Lajeado, no Vale do Taquari. A vítima foi identificada como Ronildo Pereira Xavier, 43 anos.
O corpo de Xavier foi encontrado em uma região de área alagada no município. Morador de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, ele teria embarcado em um ônibus até Lajeado, onde morreu.
Uma necropsia será realizada para determinar a causa do óbito. A Defesa Civil mantém a morte na contagem oficial, devido aos indícios de que o corpo teria sido totalmente coberto pela água. Segundo o órgão, não havia sinais aparentes de violência.
A primeira morte confirmada em decorrência do ciclone foi registrada no sul do Estado. Em Rio Grande, um idoso de 67 anos perdeu a vida após a queda de uma árvore sobre a casa em que ele morava, no bairro Maria dos Anjos, na quinta-feira (13). A Polícia Civil identificou o homem como Danilo Francisco Porciúncula da Silva.
Controvérsia em metodologia
Também em Rio Grande, tanto a prefeitura quanto a Defesa Civil local defendem a inclusão de mais três vítimas no número de mortes ligadas ao ciclone. Trata-se de uma mulher de 27 anos e duas crianças de dois — seu filho e um vizinho. Eles morreram durante um incêndio no fim da tarde de quinta-feira, no bairro São Miguel.
No entendimento dos órgãos públicos municipais, a relação com o ciclone se dá pelo fato de o fogo ter se iniciado quando a mulher acendeu uma vela por causa da falta de luz, consequência do mau tempo. A Defesa Civil do Estado não reconhece essas três mortes como decorrentes do ciclone em razão de metodologia, que leva em conta apenas casos diretamente relacionados ao evento.
Pessoas fora de casa
Na tarde deste sábado (15), segundo a Defesa Civil estadual, o número de pessoas fora de casa em decorrência do ciclone não havia sofrido alteração em relação ao último levantamento, informado na sexta-feira (14), mantendo-se em 858. São 425 desabrigados (em abrigos públicos) e 433 desalojados (em casas de amigos ou familiares). O órgão também contabiliza, além das duas mortes, 29 feridos e 64 municípios atingidos.