- O leste do Rio Grande do Sul é atingido entre esta terça (17) e quarta-feira (18) pela tempestade Yakecan
- O vento pode superar os 100 km/h, principalmente no Litoral e na região metropolitana de Porto Alegre. Em alto mar, as ondas podem chegar a seis metros de altura
- O Instituto Nacional de Meteorologia afirma que é possível que o evento atinja intensidade de furacão, com rajadas acima de 120 km/h. A sensação térmica também desaba, com frio intenso no Estado
- Diversos municípios suspenderam atividades educacionais e as companhias responsáveis pelo abastecimento de energia elétrica e água estão de prontidão para lidar com eventuais demandas
A possível chegada de um ciclone extratropical, com prognóstico de ventos fortes acompanhados de chuva e até possibilidade de neve no Rio Grande do Sul, leva as autoridades a se organizarem para possíveis transtornos.
Serviço que, via de regra, é um dos mais instáveis em temporais, o abastecimento de energia elétrica deverá contar com atenção redobrada, garantem as companhias. Para tal, a CEEE Equatorial realiza, na tarde desta segunda-feira (16), uma reunião de detalhamento do que chamou de “uma melhor forma de atender as ocorrências, com rápida mobilização de equipes de operação e manutenção”, informa a empresa em nota.
Já a RGE afirma que segue um plano permanente de contingência para eventos climáticos severos, acompanhado por um serviço próprio de meteorologia, mas que “não há como projetar o que irá acontecer numa previsão de chuvas e ventos, uma vez que se trata de situações que fogem ao controle da distribuidora”.
Nas cidades da costa gaúcha, há um acompanhamento diário junto à Defesa Civil nas prefeituras de Rio Grande e Pelotas, no Sul, Torres e Capão da Canoa, no Litoral Norte. Tramandaí, também ao norte, garante já ter deixado de prontidão para suas equipes um estoque de lonas. Caso haja necessidade, a distribuição será feita junto à assistência social municipal – os ventos na praia estavam em 38 km/h, de acordo com medição do executivo às 14h desta segunda.
Até o momento, não há previsão de suspensão de aulas na rede pública dos municípios litorâneos.
Companhia de abastecimento de água e esgoto na Região Metropolitana, além de parte do interior do Estado, a Corsan também afirmou estar com as equipes mobilizadas. Pondera, no entanto, que o principal risco em eventos dessa magnitude é a interrupção nas casas de bombas causada por falta de luz. O Dmae, que presta o serviço em Porto Alegre, monitora possíveis impactos e têm, na sua área técnica, profissionais com alerta de sobreaviso.
Em conjunto, alertas como o atual são analisados pela Comissão Permanente de Apoio a Emergências (Copae), que reúne especialistas da Capital e do Governo do Estado. Há um plano de ação montado, garante a comunicação da Defesa Civil de Porto Alegre, coordenadora do Copae: ocorre desde a semana uma avaliação atenta do clima e dos satélites que compõe a previsão do tempo. De momento, a comissão avalia que “prognósticos indicam, para Porto Alegre, chuva para terça-feira e, a partir do início da madrugada de quarta-feira, ventos intensos”.