A Associação Ecológica e Cultural de Canela (ACEC), que reúne produtores orgânicos que realizam uma feira semanal no município, posicionou-se contra a concessão do Parque do Palácio à iniciativa privada. A proposta, defendida pela prefeitura, será aprovada ou rejeitada pelos vereadores na segunda-feira (13). O parque é uma grande área verde onde fica a residência de verão do governador e foi entregue, em parte, ao município com o compromisso de que a prefeitura erga no local um centro de eventos — o que não aconteceu.
— Queremos deixar claro que os produtores orgânicos certificados da Feira Ecológica e Cultural de Canela são contra a cedência do Parque do Palácio para a iniciativa privada — afirma Pery Marzullo, presidente da associação.
Pela proposta da prefeitura, que aguarda uma posição da Câmara de Vereadores (onde tem maioria) para lançar um edital sobre o tema, os produtores orgânicos sairiam do pavilhão que hoje ocupam para a realização da feira e iriam para um espaço dentro do parque, caso seja concedido à iniciativa privada.
Conforme Marzullo, o grupo de produtores orgânicos "sempre se manifestou em favor de espaços públicos e contra a cedência dos mesmos à iniciativa privada". A votação que definirá a concessão ou não dos nove hectares do Parque do Palácio à iniciativa privada estava prevista para 9 de julho, mas foi adiada para esta segunda-feira (13). A sessão será um dos primeiros compromissos legislativos após o recesso do mês passado. Onze vereadores vão definir o rumo do Parque do Palácio ao avaliar o projeto de lei municipal nº 47/2018.