- No domingo, recomendamos que quem for realizar uma viagem de mais de 300 quilômetros em direção à Região Metropolitana saia pela manhã. Se deixar pra tarde, corre risco de dobrar o tempo de viagem - indica Castro.
Mortes acima da média
Conforme dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran), nos últimos oito anos, o feriadão do Dia do Trabalho registrou uma média de mortes 13,4% acima da geral dos feriados. Em 2014, morrem 39 pessoas durante os cinco dias da Operação Viagem Segura, contabilizados os óbitos após 30 dias de acompanhamento dos feridos. Neste ano, serão apenas quatro dias de operação, o que não diminui a preocupação das autoridades.
A análise dos dados estatísticos de 2007 a 2014 mostra que a maioria dos acidentes nos feriados de 1º de maio aconteceu no primeiro dia (8,4 mortes/dia) e no turno da noite (41,7%). Mais da metade das ocorrências fatais (61%) ocorreram nas rodovias. As cidades com maior número de vítimas fatais foram Porto Alegre (11 mortes), Gravataí (08) e Pelotas (08).
Os últimos dois feriados foram marcados por graves acidentes e mortes no trânsito. Foram 22 vítimas fatais na Páscoa e 26 em Tiradentes. Para evitar que isso se repita, a 43ª edição da Operação Viagem Segura, que começou à 0h desta quinta-feira e se estende até a meia-noite de domingo, vai reforçar a fiscalização e as ações de conscientização nas redes sociais e na imprensa.
O Dia do Trabalho é o segundo feriado mais violento nas estradas do Estado, com média de 7,6 mortes a cada dia do feriadão. Além do alerta para evitar acidentes, as polícias rodoviárias preveem movimento intenso e já esperam congestionamentos de mais de 50 quilômetros em ao menos três rodovias.
Diante disso, a principal recomendação é planejar a viagem. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), é fundamental evitar horários de pico, antecipar a volta para casa e dirigir com paciência e atenção.
Volta do feriado promete nó do trânsito e filas para táxi na rodoviária
- Esperamos que seja um feriadão tão movimentado quanto foi a Páscoa, que chegou a 70 quilômetros de congestionamento na BR-386, que deve ser a pior rodovia novamente. Só será um pouco mais tranquilo se chover - prevê Alessandro Castro, chefe de Comunicação Social da PRF.
Segundo Castro, são cinco trechos federais que devem registrar maior movimento, todos com ligação à Região Metropolitana: a BR-386 (em toda a rodovia, mas principalmente no Vale do Taquari e em Canoas), dois trechos da BR-116 (o que leva à Serra e o que vai a Pelotas) e dois trechos da BR-290 (na freeway em direção ao Litoral Norte e o que vai a Uruguaiana, na fronteira).
Confira o que abre em Porto Alegre no Dia do Trabalho
- Quem estiver na estrada depois das 18h de domingo vai pegar congestionamento, isso é fato. Principalmente na chegada à Região Metropolitana - alerta o chefe de Comunicação.
Pela previsão da Triunfo Concepa, concessionária que administra a freeway, cerca de 24 mil veículos farão o trajeto até o Litoral Norte nesta quinta e outros 26 mil na sexta. Em operação conjunta, a Concepa e a PRF poderão liberar o uso do acostamento como faixa adicional no domingo, entre o km 1,5, em Osório, e o km 26, em Santo Antônio da Patrulha.
Volta do feriadão de Páscoa registrou movimento histórico
Já o CRBM estima que cinco estradas estaduais deverão concentrar maior fluxo: a ERS-040 (que leva ao litoral por Viamão), a ERS-030 (que liga a BR-101 ao litoral), a ERS-389 (conhecida como Estrada do Mar), a ERS-407 (alternativa à Estrada do Mar) e a ERS-486 (a chamada Rota do Sol).
O sargento César Dias, da Comunicação Social do CRBM, alerta que tanto nas rodovias estaduais como nas federais, os agentes estarão focados em coibir dois tipos de infrações: ultrapassagem irregular e excesso de velocidade. Para isso, além de reforço do efetivo, os radares móveis serão dispostos em locais estratégicos, de maior movimento.
- A primeira coisa a fazer antes de viajar é checar a mecânica do carro e a documentação. Quando botar o pé na estrada, é a calma que tem que prevalecer, ainda mais se chover - recomenda Dias.