
O corpo de Théo Ricardo Ferreira Felber foi sepultado na manhã desta quinta-feira (27) no cemitério Municipal de Nova Hartz, no Vale do Sinos. O menino de cinco anos foi atirado de uma ponte pelo pai.
O velório começou às 20h de quarta-feira (26) na Capela Mortuária Municipal de Nova Hartz. Já a cerimônia de sepultamento durou cerca de 15 minutos.
Théo morreu ao ser atirado pelo pai, Tiago Ricardo Felber, 40 anos, de uma ponte sobre o Rio Vacacaí, em São Gabriel, na Fronteira Oeste, na última terça-feira (25).
À polícia, Felber disse que cometeu o crime para se vingar da ex-companheira, mãe da criança.
Como foi o crime
Imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela polícia mostram que Théo ainda estava vivo quando foi atirado da ponte.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Daniel Severo, durante o trajeto da casa do pai até próximo da ponte, o menino aparece sentado e ereto.
— Ele (pai) relatou em depoimento que o menino não estava morto e as imagens confirmam. Théo morreu quando foi jogado da ponte. Não sabemos se afogado ou devido à queda. Estamos aguardando o laudo da perícia para confirmar — explicou o delegado.
Áudios do pai
Os celulares de Felber, de uma irmã dele e da mãe do menino foram apreendidos. Em um áudio enviado à mãe por aplicativo de mensagem, ele disse para a ex-companheira que "fez uma loucurinha":
"Viu, guria, seja forte, fiz uma loucurinha, agora, tá? Guenta o coração para o resto da vida: atirei o Théo da (ininteligível) da ponte agora".
Guarda compartilhada
A mãe de Théo prestou depoimento por cerca de duas horas à polícia na manhã de quarta-feira. Conforme a mulher, enquanto foi casada com Felber, ele tinha um comportamento possessivo e era muito ciumento. Por vezes, era agressivo, mas nunca agrediu a ex-companheira e o filho.
Eles estavam separados há poucos meses e a guarda compartilhada não estava formalizada. Felber, que estava de aniversário na terça-feira, havia pegado o filho para comemorar a data.
Nota da defesa
"Hoje às 16h20min ocorreu a audiência custódia do Thiago. Nela ele relatou que foi espancado, foi agredido tanto pelos policiais como no presídio pelos agentes penitenciários.
Dessa forma foi decretado a prisão preventiva pela excelentíssima senhora juíza, mas ontem, quando foi colhido o depoimento dele, não tinha a presença de um advogado.
Ele não foi informado que poderia contar com um advogado. Outra coisa que nós temos que ressaltar, ele está sendo execrado, condenado, punido no inquérito.
Nós não tivemos ainda o devido processo legal, falta laudos para aportar ao inquérito, denecropsia e outros. Então, dessa forma, ele está injustamente preso.