Foi preso temporariamente, nesta terça-feira (5), o quarto suspeito de participação na morte da empresária Priscila Morgana Alves Diniz, 34 anos. A mulher foi baleada em Novo Hamburgo, em 12 de outubro, e morreu três dias depois em um hospital.
Segundo a delegada Marcela Ehler, o preso seria o condutor da motocicleta utilizada no crime. O veículo foi identificado após a análise de câmeras de segurança.
— A motocicleta utilizada no crime é de propriedade do condutor capturado na data de hoje (terça-feira) e foi apreendida — relata a delegada.
Além dele, outras três pessoas estão presas temporariamente desde 21 de outubro: o homem apontado como executor e dois suspeitos de serem os mandantes do crime.
As identidades dos investigados não foram divulgadas pela polícia, mas a reportagem apurou que os dois mandantes seriam o marido e a sogra da vítima, Jonas Diniz da Silva e Terezinha Diniz da Silva.
Em nota, a defesa de Jonas e de um dos suspeitos da execução afirma que "aguarda momento oportuno e apropriado para manifestar-se de forma mais ampla acerca dos fatos" (leia nota na íntegra abaixo).
A reportagem não localizou a defesa de Terezinha e do outro investigado.
As prisões temporárias têm validade de 30 dias. De acordo com a polícia, a medida busca "dar continuidade à investigação sem interferências" por parte dos suspeitos.
A motivação do crime não foi divulgada pela investigação.
Relembre o caso
Priscila foi baleada na nuca enquanto chegava ao seu restaurante (veja vídeo abaixo) para trabalhar no bairro Canudos, em Novo Hamburgo.
O crime aconteceu na manhã 12 de outubro, quando dois criminosos chegaram em uma motocicleta. Eles abordaram Priscila no momento em que ela descia da própria moto.
Segundo a polícia, um dos criminosos sacou uma arma e tentou disparar pelo menos nove vezes contra a vítima, que foi atingida na cabeça. Ela foi socorrida em estado grave e levada ao hospital, onde ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com grave dano cerebral. A mulher não resistiu aos ferimentos.
Após os disparos, os criminosos ainda levaram a moto da vítima. O veículo foi localizado no mesmo bairro do crime.
Contraponto
A defesa de Jonas e do homem apontado como executor enviou nota. Confira íntegra:
"Considerando que a prisão se deu de forma temporária, apenas para garantir a investigação, não havendo ainda prova suficiente e cabal das acusações assim delineadas contra os suspeitos, a defesa dos acautelados está analisando e trabalhando de forma minunciosa os fatos ora imputados, sendo que, assim como a investigação laborou em sigilo, do mesmo modo a defesa o fará, sendo rebatido cada ponto de cada acusação feita até o presente momento com provas devidamente fundamentadas e idôneas nos próximos dias. Desse modo, a defesa aguarda momento oportuno e apropriado para manifestar-se de forma mais ampla acerca dos fatos. Advogados de defesa: Dra. Roberta M. Klein Knewitz e Dr. Teddy Leonardo Klein."