Foram presos temporariamente nesta segunda-feira (21) o marido e a sogra de Priscila Diniz, 34 anos, assassinada a tiros no dia 12 de outubro, em frente ao restaurante da família, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Um terceiro suspeito de participar do crime foi detido em Garopaba, Santa Catarina.
A Polícia Civil está com a investigação sob sigilo e não detalha o caso, mas a reportagem de Zero Hora apurou que dois dos presos são Jonas Diniz da Silva e Terezinha Diniz da Silva, ex-marido e ex-sogra da vítima. Ambos foram presos em Novo Hamburgo.
Os dois mais o preso em Garopaba foram encaminhados ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), em Porto Alegre, onde aguardam pela audiência de custódia. Inicialmente, por decorrência do sigilo imposto pela polícia sobre o inquérito, a informação divulgada dava conta das prisões terem ocorrido nesta terça. Contudo, por nota (leia abaixo), a Polícia Civil confirmou que a execução dos mandados havia ocorrido no dia anterior.
Até a publicação desta reportagem, ainda não havia informação de os suspeitos de envolvimento no crime terem constituído defesa. Contatada, a Defensoria Pública informou que até as 17h30min desta terça não havia sido acionada.
O caso
Priscila foi alvo de tiros por volta das 6h30min do último dia 12. Ela foi surpreendida por dois homens quando chegava em uma Biz para abrir o restaurante. Eles apareceram em uma moto. Um deles desceu do veículo e se dirigiu até a mulher, imobilizando-a e disparando contra ela. A arma falhou várias vezes, mas a vítima acabou atingida por um tiro na nuca.
Os criminosos fugiram, levando a Biz, e Priscila ficou caída no chão por alguns minutos até receber socorro. Ela foi encaminhada ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, onde ficou internada durante todo o final daquela semana.
A morte de Priscila foi confirmada por volta das 14h10min do dia 14 de outubro. O velório aconteceu no dia seguinte, no crematório e cemitério Parque Jardim da Memória.
No dia em que Priscila morreu, Jonas conversou com a reportagem de Zero Hora, afirmando tristeza pelo fato. Ele chegou a definir a comerciante como uma mulher batalhadora e querida.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo.
Leia a íntegra da nota da polícia:
A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul esclarece, por meio desta nota, que na noite do dia 21 de outubro de 2024 três pessoas foram presas temporariamente pela participação no homicídio de Priscila Morgana Alves Diniz.
A segregação dos suspeitos só pôde ser confirmada ao final da tarde do dia 22 de outubro, uma vez que havia medidas cautelares sigilosas ainda pendentes de cumprimento.
Dois suspeitos foram detidos em Novo Hamburgo pela DPHPP/NH, enquanto o terceiro suspeito foi preso em Garopaba/SC, em ação conjunta com a Polícia Civil de Santa Catarina, mais precisamente da Delegacia de Polícia de Garopaba.
As cautelares de restrição de liberdade são temporárias, pelo prazo de 30 dias, e buscam garantir a efetividade da investigação, que ainda segue em andamento junto a DHPP Novo Hamburgo, em sigilo.
