A Justiça converteu em preventiva, nesta sexta-feira (28), a prisão da mulher investigada por suspeita de matar a filha recém-nascida em Canoas, na Região Metropolitana. Ela estava detida desde a segunda-feira (24), quando foi flagrada abandonando o cadáver da menina na lata de lixo do banheiro de um prédio comercial, situado no centro do município. Câmeras de monitoramento registraram partes da ação.
Conforme o delegado Arthur Reguse, a investigada revelou ter realizado o parto sozinha, em casa, e disse que a gestação era indesejada. Nesta semana, policiais estiveram no local e realizaram exames de exposição do ambiente ao elemento luminol, que aponta indícios de sangue. O parto teria ocorrido entre 22h e meia-noite de domingo (23).
— O resultado foi reagente, corroborando a indicação da investigada e a apuração da polícia. As investigações do Departamento de Homicídios prosseguem com a finalidade de identificar o pai da criança — aponta.
Segundo Reguse, até o momento não há indícios da participação de outras pessoas no fato. A mulher, que tem mais dois filhos menores, não terá sua identidade divulgada pelas autoridades em respeito a determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Reguse diz, ainda, que a polícia aguarda a emissão do laudo definitivo de necrópsia, para consolidar a hipótese da morte da bebê por asfixia. A mãe, de acordo com as apurações, teria colocado uma fita adesiva sobre as vias respiratórias da criança.
— Também é esperado o resultado da perícia do local onde ocorreu o parto e local onde, provavelmente, a criança foi assassinada — define Reguse.