Foi preso no início da tarde desta sexta-feira (9) o quarto suspeito de envolvimento no ataque à agência do Banrisul de Amaral Ferrador na quarta (7). O homem foi encontrado em Encruzilhada do Sul, em uma área que estava cercada por policiais militares e civis. Com isso, as buscas foram encerradas.
O preso, que não teve o nome divulgado, chegou a ser visto na noite de quinta-feira (8) e trocou tiros com policiais antes de se esconder novamente no matagal. Ele estava próximo à casa da mãe, onde tentava se refugiar após o crime.
Armas e R$ 279 mil levados do banco foram recuperados pela polícia. O dinheiro estava em uma casa no município de Encruzilhada do Sul, onde também foram presos dois suspeitos. Eles estavam com o dinheiro em Encruzilhada do Sul e teriam saído na noite de quinta da área de mata onde estava escondidos e abordado um carro que passava por uma estrada rural.
Eles roubaram o veículo e levaram os ocupantes como reféns — que depois foram libertados. Com este carro, eles seguiram até a casa onde foram detidos. Além do dinheiro, armas foram apreendidas com os homens.
Mais cedo na quinta-feira, por volta das 17h30min, foi feita uma primeira prisão. Um suspeito de 22 anos foi detido na área do cerco inicial. Com ele foram apreendidos fuzil, munição e colete à prova de balas.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Segundo a Polícia Civil, nenhum deles era ligado a quadrilhas especializadas em assalto a banco.
O crime
Quatro assaltantes atacaram a agência do Banrisul localizada na Rua Praça Quatro de Maio, no centro da cidade, por volta das 10h de quarta-feira. Os criminosos fizeram reféns e obrigaram pelo menos 10 moradores da cidade, que tem cerca de 5,3 mil habitantes, a formarem um cordão humano. Depois, eles fugiram em uma EcoSport branca, levando dois reféns, que foram liberados em seguida.
O roubo em Amaral Ferrador tem características do chamado novo cangaço. Nessas ações, quadrilhas atuam em cidades pequenas — onde a força policial é menor —, com agências bancárias como alvo. Em geral, são tomados reféns e cidadãos são obrigados a formar cordão humano.
— Outro ponto que distingue essa ação de outras é a tentativa de criar um clima de terror, porque o terror congela as pessoas — explica o subcomandante geral da BM, coronel Douglas Soares.