Uma câmera de monitoramento registrou parte do trajeto feito por Daniela Cristina Guterres Moraes, 34 anos, antes de desaparecer em Teutônia, no Vale do Taquari. A empresária mora em Santa Catarina e estava no RS para visitar parentes. A imagem foi captada no dia 31, às 17h28min, por câmeras de um posto de combustíveis. Foi este o último dia em que Daniela foi vista.
Conforme a Polícia Civil, as imagens mostram uma rua da região conhecida como Travessão, no bairro Canabarro. O local fica perto da residência da irmã de Daniela, onde a empresária estava nas semanas antes de desaparecer.
Nas imagens, é possível ver que a empresária, a pé e sozinha, segue em direção a um morro. Esse caminho, com parte de chão batido, leva a um milharal, em uma região de mata. Neste local, equipes da Brigada Militar procuram pistas que indiquem o paradeiro da mulher.
Nas imagens, ela está vestida com blusa preta e calça jeans e tem um objeto na mão, que seria o celular — aparelho que deixou de funcionar há alguns dias.
O vídeo é analisado pela Polícia Civil, que investiga o caso. Nesta sexta-feira (9), investigadores devem ir até a rua e tentar refazer os passos de Daniela. Também são colhidos depoimentos de testemunhas. A investigação procura por Daniela no município, mas não descarta a possibilidade de ela ter deixado Teutônia.
Desaparecimento
Daniela está sumida há nove dias, em um caso que mobiliza familiares e amigos. A mulher mora na cidade catarinense de Capinzal, e viajou a Teutônia em dezembro. Na casa da irmã, no bairro Canabarro, passou o Natal e o Ano-Novo.
A empresária foi adotada aos cincos anos, no RS. Depois a família se mudou para SC, onde vivem há cerca de 20 anos. A mulher e a irmã biológica, que mora em Teutônia, teriam se conhecido durante a pandemia, e a visita em dezembro de 2023 teria sido o segundo encontro delas.
Investigação e depoimento
Conforme depoimento da irmã biológica à polícia, desde que chegou a Teutônia Daniela não costumava deixar a casa. Ela fazia pequenas saídas, e logo retornava. A irmã disse ainda que, no dia do sumiço, Daniela deu a entender que iria se encontrar com alguém, que iria buscá-la, sem dar maiores detalhes.
A polícia afirma que, neste momento, a investigação não descarta nenhuma hipótese sobre o que pode ter acontecido com a empresária.
Investigadores também apuram por que, apesar de o desaparecimento ter ocorrido em 31 de janeiro, o boletim de ocorrência só foi registrado no dia 2 de fevereiro.
Inicialmente, a polícia recebeu a informação de que a mulher pudesse ter algum problema psicológico, que poderia ter causado desorientação. A família da mulher em SC, porém, nega este diagnóstico, embora acredite que ela possa ter se perdido, por não conhecer a região de Teutônia. Daniela também não costuma ficar sem dar informações de onde está, nem sem fazer contato com os parentes, afirmam.
Daniela trabalha em salões de beleza, no ramo de cuidado com os cílios. Ela também atua com foco em mentorias online, que oferece desde 2014, e é maquiadora e esteticista. Ela tem uma filha de oito anos.
Contato
Informações que possam levar ao paradeiro da mulher podem ser repassadas pelo telefone 197, da Polícia Civil, ou 190, da Brigada Militar.