O policial militar Jonatan André Baranoski Tonin foi condenado, nesta quinta-feira (15), pela morte do engenheiro civil Vilmar Mattiello, na zona sul de Porto Alegre, em janeiro de 2016. O julgamento foi promovido na 2ª Vara do Júri do Foro Central e presidido pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva. Cabe recurso da decisão por parte da defesa.
Depois de 12 horas de julgamento, o réu teve a pena fixada em 14 anos de reclusão, em regime fechado, e teve decretada a perda do cargo pelos crimes de homicídio simples e tentativa de homicídio.
Segundo o Ministério Público (MP), a vítima, 58 anos, voltava para casa de carro acompanhado de um amigo. Mattiello dirigia pela Avenida Wenceslau Escobar, no bairro Tristeza, quando foi perseguido e alvejado por não ter obedecido a um sinal de parada que partiu do brigadiano. Ao ser baleado, o engenheiro perdeu o controle do veículo e bateu num poste. Ele não resistiu aos ferimentos.
Natural de Xaxim, em Santa Catarina, Mattiello era sócio da Construtora Epplan, com sede no bairro Azenha, na Capital. Ele deixou mulher e duas filhas.
Além de responder por um homicídio simples, Tonin ainda foi acusado de uma tentativa de homicídio porque um amigo do engenheiro, que estava dentro do carro alvejado, também ficou ferido na ação.
O julgamento
O Tribunal do Júri, promovido após oito anos do ocorrido, teve início na manhã desta quinta, quando o sobrevivente foi ouvido como vítima. Na sequência, falaram as testemunhas selecionadas pela acusação – entre elas, a filha e um irmão da vítima – e uma única testemunha de defesa.
À tarde houve o interrogatório do réu.
Os debates entre acusação e defesa tiveram início por volta das 16h. Após essa etapa, o MP solicitou réplica, abrindo espaço para mais duas horas de manifestações para ambos os lados. Com o encerramento das sustentações orais, sete jurados – quatro homens e três mulheres – foram encaminhados para a sala secreta, onde a maioria decidiu pela condenação.