O engenheiro civil Vilmar Mattiello, 58 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira após ser baleado no tórax por um policial militar na zona sul de Porto Alegre.
Conforme versão de PMs, Mattiello teria se recusado a parar em uma abordagem da Brigada Militar na Avenida Wenceslau Escobar. De acordo com a BM, uma guarnição estava parada em um cruzamento da Avenida Otto Niemeyer com a Rua Camaquã, no bairro Tristeza, quando um Honda Civic azul teria cruzado um sinal fechado em alta velocidade. Mattiello dirigia o carro e estava acompanhado de um amigo.
Os policiais desconfiaram de que o carro poderia ser roubado e houve perseguição. Dois soldados, que estavam em uma viatura, na Avenida Wenceslau Escobar, próximo à esquina com a Rua Afonso Álvares, tentaram parar o veículo, indo para o meio da pista. Alegando sentir que poderia ser atropelado, um dos PMs disparou três vezes contra o carro, perfurando o para-brisa, o para-lama esquerdo e o terceiro, o encosto de cabeça do banco do carona.
Desgovernado, o carro colidiu em um poste. Ferido por um dos tiros no tórax, Mattiello foi levado para o Hospital de Pronto Socorro, mas não resistiu, morrendo uma hora e meia depois. O amigo que o acompanhava sofreu ferimentos leves.
Após o ocorrido, a arma utilizada na ação foi recolhida por um sargento da BM que estava em outra viatura. Um inquérito policial-militar vai apurar a conduta do soldado. A 6ª Delegacia de Homicídios e Desaparecidos vai investigar o crime.
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Natural de Xaxim, em Santa Catarina, o motorista, Mattiello, era sócio da Construtora Epplan, com sede no bairro Azenha, na Capital. Ainda não há confirmação da causa da morte, se foi em decorrência do tiro ou do acidente. De acordo com relato do amigo do engenheiro a PMs, eles haviam bebido e o motorista, dono do carro, não quis parar o veículo.