O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de adiamento do novo júri dos quatro réus pelo incêndio na Boate Kiss. A decisão foi assinada pelo ministro Dias Toffoli e confirmada pelo Ministério Público (MP). Com isso, o julgamento fica mantido para o dia 26 de fevereiro de 2024.
No dia 12 desse mês, o juiz de direito Francisco Luís Morsch já havia negado um pedido feito pelo Ministério Público e pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) para o adiamento do júri. O pedido buscava evitar um novo processo doloroso para familiares de vítimas e sobreviventes, mas não foi acolhido.
Em 2021, Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, sócio da Kiss, havia sido condenado a 22 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Mauro Hoffmann, também sócio da Kiss, tinha sido condenado a pena de 19 anos e seis meses de prisão.
Vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos foi sentenciado a 18 anos, mesma pena de Luciano Bonilha Leão, produtor de palco da banda.
Em agosto de 2022, por dois votos a um, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal decidiram por anular o primeiro júri e submeter os réus ao novo julgamento. Eles acataram nulidades alegadas pelas defesas e, com isso, os acusados foram soltos, depois de quase oito meses detidos.
Ocorrido em 27 de janeiro de 2013, o incêndio da boate Kiss, em Santa maria, deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. O julgamento teve duração de 10 dias, se tornando o maior da história do RS.