O cercamento eletrônico em Porto Alegre identificou 790 roubos e furtos de veículos neste ano, sendo que em 185 casos flagrados houve a recuperação dos automóveis. Os dados são de janeiro até 31 de outubro.
Os números são um pouco maiores do que no mesmo período de 2021, quando houve 696 alertas e 157 recuperações. Implementado em 2018, apenas a partir de outubro do ano passado há equipamentos em todas as entradas e saídas da cidade.
De acordo com o secretário de Segurança da Capital, coronel Mario Ikeda, estão previstas mais cem câmeras para serem instaladas até o final de 2024. Por dia, a ferramenta visualiza de 800 mil a 1,2 milhão de veículos.
Ikeda ressalta que, atualmente, são 365 câmeras instaladas que fazem leituras em controladores de velocidade e há ainda outras exclusivas para leitura de placas veiculares.
— Através do cercamento, podemos dar alertas quando veículos roubados ou furtados passam pelas câmeras. A ferramenta auxilia na redução de vários indicadores e também ajuda outros órgãos na elucidação de outros crimes, já que fizemos a leitura média de mais de um milhão de placas veiculares por dia — explica Ikeda.
Um dos crimes que o cercamento auxiliou a Polícia Civil foi a identificação do carro usado no homicídio de um homem, em agosto deste ano, que foi decapitado e teve a cabeça deixada em uma calçada da Vila Cruzeiro, zona sul da Capital.
Os dados do sistema são, segundo o secretário, amplamente utilizados para a elucidação dos seguintes delitos: roubo e furto de veículos, roubo de cargas, tráfico de drogas e armas, roubo a pedestres, homicídios e qualquer crime em que sejam usados veículos pelos investigados. Além disso, o sistema possui dados que podem ajudar em ações fiscalizatórias como atividades de recolhimento de resíduos, atividades de comércio e trânsito no município de Porto Alegre.
Ikeda também diz que a ferramenta monitorou em 10 meses deste ano mais de 311 mil placas veiculares em atitudes suspeitas, sendo 790 casos confirmados como sendo de furtos e roubos.