Foi preso nesta quinta-feira (13), no Rio de Janeiro, o terceiro suspeito de envolvimento em um ataque a um bar no início de setembro no bairro Campo Novo, na zona sul de Porto Alegre. Na ocasião, três pessoas morreram e 27 ficaram feridas. O homem foi detido em um trabalho conjunto da Polícia Civil do RS e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Outros dois suspeitos foram detidos na sexta-feira da semana passada em uma operação policial que ocorreu no condomínio Princesa Isabel, no bairro Santana.
O crime foi considerado o maior ataque decorrente da guerra de facções na Região Metropolitana. Até o final do mês passado, levantamento do Departamento de Homicídios apontava que havia um total de 29 mortos, 42 feridos, 29 presos e mais de 60 envolvidos nos confrontos identificados. Os dados são referentes a segunda onda de violência — a outra havia sido registrada entre março e abril deste ano, com 25 mortes.
O titular da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, diz que o suspeito do ataque ao bar no bairro Campo Novo estava sendo monitorado desde a última sexta-feira (7), quando ocorreu a operação policial no conjunto residencial do bairro Santana. Na ocasião, o investigado não foi localizado e foi considerado foragido.
A partir disso, houve troca de informações e cruzamento de dados entre a divisão de inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e o setor de inteligência da PRF para se chegar a localização do suspeito.
O nome do suspeito não foi divulgado, mas GZH apurou que trata-se de Dyonathan Luís Marques Perez, 29 anos. Segundo a polícia, ele possui antecedentes por tráfico e associação ao tráfico, roubo e homicídio. A reportagem tenta contato com a defesa dele para contraponto.
O delegado conta que o suspeito estava em um carro na BR-116, em Piraí, no interior do Rio de Janeiro. Ele teria apresentado documentos falsos aos agentes da PRF, mas como os policiais já tinham informações sobre ele, foi dada voz de prisão. Um homem que estava como ele no veículo foi liberado.
De acordo com o inquérito policial em Porto Alegre, ele e os outros dois presos semana passada são apontados como executores do ataque no Campo Novo. O suspeito detido no Rio de Janeiro ainda é investigado por coordenar a ação no bar. Os mandantes, conforme a polícia, são dois líderes de uma das facções que estão em guerra.
Logo depois deste ataque, a polícia teve de ser acionada porque uma granada foi encontrada e desativada no condomínio Princesa Isabel. Os investigadores acreditam que foi uma tentativa de retaliação. O delegado ainda tenta identificar um quarto envolvido no ataque no bairro Campo Novo.