Os três policiais militares investigados no caso da morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, em São Gabriel, continuarão presos preventivamente. A decisão é do desembargador Fernando Lemos, do Tribunal de Justiça Militar do Rio Grande do Sul, que negou liminar para habeas corpus movida pela defesa dos PMs.
O pedido de prisão acatado inicialmente pela Justiça Militar foi feito pela Corregedoria-Geral da Brigada Militar, que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar a conduta dos brigadianos na ocorrência do dia 12 de agosto.
A Justiça Militar e a Brigada Militar não divulgam os nomes dos policiais e o caso corre em segredo de justiça, mas GZH apurou que são o 2º sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen e os soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima. Eles estão presos no Presídio Policial Militar, em Porto Alegre.
Gabriel desapareceu no dia 12 de agosto, após ser abordado pelos três PMs, que foram até o bairro Independência atendendo a chamado de uma moradora, que reclamava de um homem forçando o portão de sua casa. Chegando lá, encontraram Gabriel, que foi revistado, algemado e levado na viatura pelos policiais. O corpo do jovem foi encontrado dentro de um açude numa região chamada Lava Pés, a cerca de três quilômetros do local onde ele foi abordado. Além da Brigada Militar, a Polícia Civil investiga o caso.
Contraponto
As advogadas Vânia Barreto e Shaianne Lourenço Linhares, que defendem os dois soldados, e os advogados Ivandro Bitencourt Feijó e Mauricio Adami Custódio, que defendem o sargento, dizem que seus clientes são inocentes.