A Polícia Civil instaurou um inquérito a respeito do depósito com mais de duas toneladas de cabos telefônicos furtados descoberto em Canoas na quarta-feira (15). O delegado Rodrigo Caldas tem dois suspeitos. Um deles se apresentou no mesmo dia à 3ª Delegacia de Polícia, dizendo-se funcionário do lugar. Por meio do depoimento, foi possível identificar o suposto proprietário, que ainda não foi intimado para depor.
O depósito era usado como uma espécie de fábrica onde o cobre contido nos cabos era retirado. Para isso, era utilizada uma máquina industrial, comprada por R$ 92 mil no início desse mês. Conforme averiguado pelos agentes, o equipamento tritura e processa o fio até que saia o cobre puro e granulado. O material era colocado em sacas e depois vendido.
A operação Sem Linha foi deflagrada com apoio da concessionária de energia RGE e de uma companhia telefônica, que identificou como sua propriedade os cabos encontrados. A empresa estimou o material encontrado em R$ 300 mil.
Mas não é possível saber de onde exatamente os cabos foram furtados. O delegado afirma que o local era "um dos maiores e mais organizados centros de receptação" já vistos na cidade, e o material pode ter origem em furtos por toda a região.