Houve crescimento nos furtos de cabos no Rio Grande do Sul. Somente no primeiro trimestre deste ano foram 1.504 casos na área de atendimento da CEEE-Equatorial, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 1.065 ocorrências. Já na área da RGE, a outra concessionária que atende o Estado, de janeiro a março de 2022 foram registrados 318 ataques. Em 2021 haviam sido 233 ocorrências. Somados os casos relatados pelas duas empresas, o crescimento chega a 40%.
O prejuízo registrado devido aos ataques em 2022 já chega a R$ 2,6 milhões, conforme a CEEE-Equaorial. A RGE não detalhou de quanto foi o prejuízo causado pelos ladrões.
O ponto mais impactado em quantidade de ocorrências é Porto Alegre, conforme informações da CEEE-Equatorial. Já em volume levado pelos ladrões é o Litoral. Na Capital, por exemplo, os furtos costumam ser de pequenas quantidades, cerca de 30 a 40 metros de cobre por ação. Já no Litoral, os ladrões têm levado aproximadamente 3 quilômetros de cabos por ocorrência.
De acordo com a CEEE-Equatorial, só em São José do Norte, no Litoral Sul, foram registradas três ocorrências no mês passado — nos dias 5, 14 e 20. Já em Tavares, foram apreendidos 300 quilos de cobre em abril. Em dezembro de 2021, já haviam sido recolocados 5 quilômetros de cabos de alumínio — o material é considerado uma alternativa para conter os crimes. Os municípios de Mostardas, Pinhal, Tramandaí, Osório, Capão da Canoa e Arroio do Sal também registraram furtos.
Segundo a RGE, a Região Metropolitana, o Vale do Sinos e a Serra são os pontos onde há o maior número de ocorrências na sua área de atuação.
Entre as soluções para diminuir o número de ataques, a CEEE-Equatorial cita a substituição dos cobres de cabo pelos de alumínio, material menos visado pelos criminosos. Além disso, afirma estar trabalhando em parceria com a Polícia Civil e a Brigada Militar para identificar os ladrões.
— Montamos uma força tarefa pra qualificar o tipo de informação que passaremos aos órgãos de segurança e poder apontar e reconhecer o material furtado da nossa rede — diz o superintendente técnico da CEEE-Equatorial, Julio Eloi Hofer.
Além disso, a CEEE-Equatorial pede ajuda dos clientes para combater o crime. A concessionária solicita que, ao perceber qualquer movimentação diferente próxima à rede da companhia, entre em contato pelo site ceee.equatorialenergia.com.br ou pelo telefone 0800 721 2333. Caso o crime tenha deixado o cliente sem energia elétrica, a orientação é enviar um SMS para 27307, com a palavra LUZ e o número da unidade consumidora, encontrado no canto superior direito da fatura de energia.
A concessionária destaca que somente profissionais com uniformes da CEEE-Equatorial ou estão autorizados a realizar serviços na rede elétrica.