O que restava do prédio da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, atingido por um incêndio em 14 de julho passado, foi abaixo às 9h em ponto deste domingo (6). Uma preparação complexa antecedeu os sete segundos de implosão na região central de Porto Alegre.
A operação bloqueou ruas do entorno, tirou moradores de residências próximas e transferiu de local até a rodoviária — construção ao lado dos agora escombros da SSP. A implosão, um espetáculo de poucos segundos, ocorreu dentro das expectativas, iniciando pontualmente às 9h. Antes, cinco alertas sonoros foram emitidos para avisar a população que o prédio situado na entrada de Porto Alegre viria abaixo.
Ainda falta derrubar parte de uma parede do edifício que resistiu à detonação. De acordo com a empresa FBI, responsável pela operação, o trabalho deve ser concluído na segunda-feira. Ainda assim, a operação toda foi considerada um sucesso.
A ação que alterou a paisagem da cidade, já que a sede da secretaria ficava na porta de entrada e saída para quem passa pela Avenida Castello Branco, foi acompanhada de perto por autoridades, órgãos técnicos e imprensa. Um espaço foi reservado à beira do Guaíba para registro do exato momento — estavam presentes nesta área o governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior, e o engenheiro que acionou o detonador, Manoel Jorge Diniz Dias.
Também foi lá que o repórter fotográfico Mateus Bruxel chegou às 7h30min para gravar as imagens que você confere acima. Do alto de prédios nos bairros Bom Fim e Moinhos de Ventos, os repórteres fotográficos André Ávila e Jefferson Botega fizeram os registros da implosão que completam o vídeo, que tem edição do Marco Favero.
O prédio que abrigou a sede da SSP foi erguido em 1972. Quem ocupou o espaço foi a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). Em 1998, o Estado comprou o edifício. Quatro anos depois, em julho de 2002, a SSP mudou-se para o local, saindo da sede na Sete de Setembro.