A Polícia Civil investiga a morte de um colombiano que foi encontrado carbonizado às margens da BR-448, no município de Esteio, na Região Metropolitana, na tarde de sábado (19). Yeferson Ladino Trejos, 27 anos, estava desaparecido desde a última quinta-feira (17). Segundo a polícia, ele trabalhava como entregador. Naquele dia, saiu para fazer um delivery e não retornou.
Para levantar mais informações sobre o homem, a polícia pretende ouvir uma mulher que seria prima dele e que fez o registro de desaparecimento de Trejos. O namorado da mulher também deve ser ouvido. O casal e o colombiano moravam juntos, segundo informações preliminares.
O depoimento do casal estava previsto para a manhã desta segunda-feira (21), mas a dupla não compareceu à delegacia. Eles serão conduzidos, nesta tarde, até a polícia para prestarem depoimento, conforme a delegada titular de Esteio, Luciane Bertoletti, responsável pela investigação.
— Eles não compareceram à delegacia nesta manhã, apesar de terem confirmado que viriam, e agora serão conduzidos pelas equipes para prestar depoimento. A partir disso teremos mais detalhes sobre o caso — explica Luciane.
O corpo de Trejos foi localizado carbonizado, na tarde de sábado, em uma área atrás do Parque de Exposições Assis Brasil. A motocicleta que ele usava, que estaria registrada no nome da prima, estava perto do corpo e também parcialmente queimada. De forma preliminar, a perícia no local apontou que o homem tinha ferimentos por disparos de arma de fogo no corpo, o que pode indicar que ele já estava morto quando as chamas começaram. Há evidências de que algum combustível foi utilizado para acelerar o fogo.
A delegada afirma que trabalha com diferentes linhas de investigação. A menos provável é a de crime de ódio, pelo fato de o homem ser colombiano:
— O fato de ele ter sido carbonizado indica que o responsável tentou acabar com as provas do caso, se livrar de vestígios. Mesmo que ele não tivesse antecedentes, vamos investigar se ele tinha algum envolvimento com o tráfico de drogas e se pode se tratar de um latrocínio — diz Luciane.
Além da prima, o homem não teria outros familiares no RS. Ainda não se sabe desde quando ele morava no Estado.
A polícia aguarda a conclusão de laudos da perícia e investiga também onde o homem estaria morando ultimamente. Na ocorrência registrada no dia do desaparecimento, a prima dele afirmou que eles moravam em Canoas, mas que Trejos teria sumido em Sapucaia. O último registro de movimentação da vítima foi obtido pelo cercamento eletrônico, que capturou o momento em que ele se deslocava de moto por Esteio por volta da 10h45min do dia 17.
Informações sobre o caso podem ser repassadas, de forma anônima, para a Polícia Civil de Esteio pelo telefone (51) 98427-6812.